1. Inedit Design
Desenhar padrões coloridos é a grande paixão de Inês Braz Silva, 33 anos. “Olho para qualquer coisa e vejo padrões; o problema é parar e filtrar”, diz a fundadora da Inedit Design, uma marca que começou pelos lenços e se afirmou nas camisas estampadas. “Quando vivi no Rio de Janeiro, percebi que há uma cultura da estampa. Vi coisas lindas que me inspiraram”, conta.
Quem tem uma camisa da marca sabe que veste uma peça especial: os padrões são originais e exclusivos, e tudo é feito em Portugal, da estampagem, no Norte, à produção, em Lisboa, realizada à mão por costureiras de uma pequena fábrica de confeção. Fabricadas em cetim suave e macio, que não se amarrota, produzido a partir de plástico reciclado, e em fibra natural de viscose e linho, são peças de corte simples e confortável, de manga curta ou comprida. “Adorava entrar no mercado de homem, mas não é fácil. Fiz um modelo que acabou por resultar, o Bilbau. No entanto, foram as mulheres que o compraram, funciona como modelo unissexo”, explica Inês. A nova coleção World tem cerca de dez novos padrões batizados com nomes de países. “O contexto atual levou-me a pensar no mundo e em cada lugar.” Às camisas acrescentou túnicas, calças e vestidos de festa. Todos os modelos estão disponíveis em três tamanhos, do 36 ao 40, com preços a partir de 75 euros. ineditdesign.com
2. The Flying Dutchman
É difícil de imaginar, mas Tiago Ferreira da Silva e António Campos escolhem a dedo, e a partir de milhares de possibilidades, todos os padrões das camisas da The Flying Dutchman, sejam de inspiração étnica, tie-dye ou outros desenhos. “Estamos a falar de stock morto, sobras de tecidos de outras produções, fábricas ou marcas, que de outra forma seriam deitadas ao lixo. A variedade é tanta que as pessoas não imaginam. Além de serem tecidos de rayon, feitos a partir de polpa de madeira”, diz Tiago. Desta forma, evitam que se produzam e estampem novos tecidos, poupando o ambiente, e retiram o designer da equação, visto que os padrões já existem e há “milhões à escolha”, justifica.
Este lado sustentável é uma das características que distinguem a marca de alma portuguesa, lançada em março de 2020, mas produzida no Bali, onde reside António. A esta característica acrescente-se a vantagem de serem confecionadas em número limitado. “São 30 a 40 peças de cada padrão; não corremos o risco de encontrar outra igual”, continua Tiago. As camisas da The Flying Dutchman são sem género, um modelo estilo cubano de manga curta, descontraído, que assenta bem tanto a mulheres como a homens, de qualquer idade ou corpo. A mais recente coleção tem 15 novos padrões, que se juntam às básicas Sunday Shirt, disponíveis em sete cores lisas. tfdworld.com
3. C.R.T.D
As camisas que Miguel Marques da Costa considera imprescindíveis num guarda-roupa são a imagem da C.R.T.D (lê-se Curated), marca que fundou em 2017, depois de uma viagem ao Quénia, onde descobriu o tecido de algodão muito leve com que são feitas. Daquele país africano, herdaram também os padrões escolhidos por Miguel, uma verdadeira curadoria, que ganham vida em modelos unissexo que têm conquistado muitos compradores, inclusive a cantora norte-americana Madonna.
No início de junho, chega a nova coleção Kenya, com 35 padrões. “Pela primeira vez, vamos repetir padrões, três dos 35 são reedições de best-sellers de há três anos, mas confecionados noutras cores. E temos também três modelos de manga curta”, revela Miguel. A oferta da C.R.T.D também cresceu no verão passado, com o lançamento de uma coleção de básicos, a The Essentials, com camisas e calças em 12 cores. Em breve, haverá mais novidades. crtdworld.com
4. Meh
Alegres, fáceis de vestir e unissexo. Foi assim que Margarida Ferreira imaginou as camisas da Meh, à imagem do que a própria procurava para si. Do geométrico Memphis, uma composição feita em tons de azul, rosa, malva e amarelo, ao floral Bloom, de fundo negro, todos os padrões são desenhados por Margarida que, em tempos de paragem da sua atividade profissional, ligada aos espetáculos, deu vida a este projeto em julho de 2021.
No site da marca estão os primeiros modelos – nove padrões originais e exuberantes, à sua maneira –, a que se junta a primeira colaboração feita com o ilustrador Binau, uma camisa de fundo malva com desenhos divertidos de insetos. Todo o processo de produção é nacional. “Não podia ser de outra maneira, era ponto de honra”, diz Margarida, que usa matérias-primas naturais, como o tecido de lyocell e botões em madeira ou de corozo, para fazer estas camisas de edição limitada. dressmeh.com