Ainda nem sonhávamos que a vida ia ficar mais confinada e já Eliana Tomaz tinha pronto um novo saco, a pensar na primavera e nos dias de sol. O Stylish & Sunny (€55), em tecido 100% algodão, às riscas, azul e cru, com duas alças em pele natural removíveis, pode finalmente ser usado para cirandar na cidade, levar a toalha para a praia ou a manta para o jardim. Se a quarentena obrigou Eliana a pôr a produção da Tomaz em suspenso – todas as peças são feitas por costureiras dedicadas –, esse foi também um tempo importante para a designer se concentrar em projetos que andava a adiar. “Deu-me o espaço mental para pensar na área que quero desenvolver mais: a casa”, diz.
A comemorar cinco anos (em junho), a marca começou pelas malas – em burel, o tecido 100% lã que vem da serra; em pele natural e em algodão –, para levar ao ombro ou pela mão, todas pensadas ao milímetro. Depois, Eliana desenhou o Cheers, um saco para transportar uma garrafa de vinho e dois copos, através de um engenhoso e, ao mesmo tempo, simples mecanismo de presilhas em pele. Há cerca de três anos, lançou os primeiros objetos para a casa: a coleção Emes, nome com que batizou a linha de almofadas e um cobertor, em burel; e a coleção Mãe, composta por uma toalha de mesa, guardanapos e bases para copos e garrafa. “Ter uma marca com mais expressão implica, necessariamente, diversificar. Só assim, a Tomaz podia chegar a mais pessoas”, defende Eliana, formada em design de interiores.
Para perfumar a casa, existe agora uma linha de fragrâncias, composta por duas velas, em cera de soja e coco, e com pavio de algodão (duração 50 horas, €25). O nome de cada uma inspira a uma ação: Breath in Breath Out Smile cheira a madeira e a sal, com um toque adocicado a flores silvestres, que inspira a fechar os olhos e a focar-nos na respiração ; The Closest To Gardening, com notas de bergamota e gengibre, evoca um jardim de plantas aromáticas. O desperdício zero continua a ser uma preocupação: o copo da vela, em vidro, pode ser reutilizado; e o saco de algodão, no qual são entregues, pode bem servir para pôr a máscara e o álcool-gel dentro da mala.
À espera de que as pessoas começassem a dar mais atenção à casa – “o melhor da quarentena” –, estava também mais uma almofada: burel de um lado, pele do outro, claramente decorativa (€60). E a coleção Mãe cresceu, contando agora com um saco (cru €18, às riscas azuis €20), inspirado no antigo saco de farnel, para levar comida para a mesa, para um piquenique ou para o trabalho. Eliana Tomaz sublinha que foi importante criar, nestes dois últimos meses e meio. “Pôr a marca na prateleira estava fora de questão. Recomeçar, custa mais.” E nós só temos de aplaudir.