Ainda com um pé do lado de fora da porta, começamos por saborear um pisco sour (€9). A bebida, feita com pisco (aguardente), clara de ovo e limão, ajuda a entrar no espírito do Amaru – Peruvian Street Lab, restaurante lisboeta, inaugurado em junho passado, perto do Cais do Sodré.
Do balcão, aberto para a Rua de São Paulo, até à mesa, são meia dúzia de passos, saltando à vista os apontamentos em pedra, ferro, tijolo, entre outros materiais, e um jogo de iluminação marcado por néons coloridos e candeeiros ajustáveis, presos por roldanas no teto.
Inspirada na comida de rua peruana, a ementa aposta quer em receitas autênticas, como é o caso dos ceviches confecionados com peixe fresco, que o chefe Pedro Brandão escolhe no mercado, todos os dias, quer em pratos reinventados ou reinterpretados. “O Peru é um país muito especial, tanto em termos de clima como de comida, com mil e uma variedades de batata e de milho. Aqui, servimos o que os peruanos comem na rua, em cantinas e roulottes”, explica João David, um dos quatro sócios do Amaru.
As espetadas de coração de vaca com salsa anticuchera e lima (€6,50) e de batata-doce com salsa huancaína, batata-doce crocante e pimentão fumado (€6) são para comer à mão, aconselham. O tacu-tacu, umas bolinhas de feijão, fritas em migalhas de pão com salsa peruana fresca, pode (e deve) ser partilhado, e o ceviche Lo Puro (€14,55) é um dos pratos mais genuínos da ementa, a qual ainda inclui o El Cochinito (€8,50), feito com cachaço de porco, assado lentamente em pão de brioche com salsa, alface crocante e cebola-roxa.
No Amaru, nome inspirado no último imperador inca, Tupac Amaru, vale também a pena experimentar o suspiro limeño, feito com mousse de dulce de leche, merengue crocante e raspa de lima, uma sobremesa típica do Peru, com a doçura certa.
Amaru – Peruvian Street Lab > R. de São Paulo, 204, Lisboa > T. 91 899 4820 > qui-seg 19h-1h