Mais do que mais um restaurante, o novo Izanagi, faz parte de um projeto concertado para revitalizar as Docas, em Lisboa. Propriedade do grupo SushiCafé, com larga experiência em comida asiática, e com o chefe Daniel Rente à frente da cozinha, que continua a partilhar as suas experiências no Japão, neste restaurante servem-se pratos tradicionais japoneses misturados com simples comida de rua: grelhados no carvão (robata), grelhados na chapa (teppan) e okonomiyaki (panqueca com ares de tortilha). Seja num dos 60 lugares no interior, seja na esplanada virada para o Tejo e para a marina.
Do mesmo grupo de restauração, o restaurante Avenida SushiCafé, na Rua Barata Salgueiro, tem agora um novo menu de almoço. Para quem tem pouco tempo para fazer esta refeição mas não dispensa as boas iguarias, o menu, servido de segunda a sexta, entre as 12 horas e as 15 horas, composto por uma entrada, prato e bebida, combina várias opções da cozinha japonesa. Nas entradas, para lá dos feijões de soja, inclui miso shiru (caldo de miso com algas, tofu, alho francês e sésamo), nippon ceasar salad (mescla de alfaces com wakame, edamame, salicórnia, croutons e parmesão, temperada com molho césar) e gyosas de vegetais ou de frango, com alho francês e farofa de sésamo.
Escondida entre os bares e os restaurantes do Bairro Alto, mas denunciada pelos balões japoneses à porta, encontra-se a novíssima Izakaya Tokkuri, uma tasca japonesa onde os yakitoris, as kimpiras e as gyosas, entre outros pratos, acompanham-se com saké. Para iniciar a refeição, sugerem-se as gyosas de camarão com molho de ameixa (€7,50) e o choco panado acompanhado por um molho de leite e alho (€7), seguindo-se o caldo de legumes com tofu (€1,50), que é parecido com um miso (a sopa é obrigatória numa mesa japonesa). A ementa inclui ainda a salada fresca de pepino (sunomomo, €5,50) e rolinhos de carne de porco com rebentos de soja, entre outras sugestões.
Depois de vários anos em Telheiras, onde mantém a loja com o mesmo nome, o Chirashi abriu no bairro de Alvalade o seu primeiro restaurante. Ali, o chefe Miguel Bértolo, coordenador do curso de Cozinha Japonesa da Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal, aposta nas taças de “sushi solto”, que podem ser preparadas com arroz branco, arroz integral, salada (alface, rúcula) ou quinoa. Há também katsudon com lombo de porco panado (€9,20) e karaage don com frango panado (€9,40), ambos picantes e crocantes, entre outros pratos clássicos como o tayö (€8,75), com vários peixes marinados, abacate, alho-francês, molho ceviche, tomate, gengibre, cebolinho, molho kimuchi.
Segundo o crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva, a arte de bem combinar e temperar produtos sazonais e locais à maneira tradicional do Japão, faz-se no restaurante Kanazawa, chefiado por Paulo Morais, na zona de Algés. Ali, segue-se o pensamento kaiseki, que assenta nos produtos sazonais e locais, na mais pura técnica japonesa, na criatividade do autor e no equilíbrio da refeição. Sobre um balcão com oito lugares, apenas, Paulo Morais molda, em movimentos suaves e precisos, peças que as nossas mãos, mais ávidas do que hábeis, levam à boca, onde elas se desdobram em sabores. Uma delícia.
Saíndo de Lisboa em direção a Sintra, no Penha Long Resort, a nova carta do Midori, um dos mais antigos restaurantes japoneses do País, é uma janela para a imaginação do chefe Pedro Almeida. Antes de chegar a esta nova fase, e a estes pratos agora servidos, o chefe passou mais de um ano a fazer experiências com centenas de pratos, num laboratório de ingredientes e de ideias que evoluíram até aqui. Os menus de degustação (são dois) incluem, entre outros pratos, falso tofu de couve-flor com yuzu, crocante de nori com toro de cebolada (que se derrete na boca), e suspiro de cogumelos shitake com pipis e miso. Tudo para comer à mão, claro está.