Na Casa Aberta, na Foz, há sempre peixinhos da horta para partilhar
Lucilia Monteiro
1. Casa Aberta Open Bar Food House
O restaurante de Diogo Baldaque e da cunhada, Luísa Gouveia, continua a privilegiar a cozinha de partilha às refeições. São caso disso os peixinhos da horta (€4,50), os ovinhos escoceses – ovos de codorniz envoltos em carne, e depois panados e fritos (€4,50), as costelas de vitela arouquesa com arroz queimado (€15). As carnes, aliás, cozinhadas no forno a carvão são uma das mais-valias da casa.
O menu de almoço (€11,50, que inclui o couvert de pão e azeite com flor de sal) varia diariamente. E poderá oferecer, por exemplo, creme de courgette ou ovinhos estaladiços com presunto, um prato de carne ou de peixe – espetadas de alcatra marinada ou risoto de açafrão com salmão – ou ainda hambúrguer de carne arouquesa no pão com cebola caramelizada e bacon. Para acompanhar com vinho a copo e terminar com uma sobremesa acrescentam-se €2 para cada opção.
Casa Aberta Open Bar Food House > R. Padre Luís Cabral, 1080, Porto > T. 91 596 3272 > ter-qui 12h30-14h30, 19h30-22h30, sex-sáb 12h30-14h30, 19h30-23h, dom 12h30-15h

O Noshi serve cozinha saudável com inspiração de todo o mundo, a maioria dos pratos são sem açúcar e sem glúten
Lucilia Monteiro
2. Noshi
Comecemos pelo nome: Noshi. “É uma junção da palavra noz e de chia (substituímos o S por um C) por causa de um bolo que fazia em casa e toda a família adorava, feito com nozes e sementes de chia”, explica-nos Paula Fernandes, quando nos sentamos à mesa da cafetaria e restaurante saudável, que abriu há um ano, perto da Igreja do Carmo.

Chili de quinoa com ovo escalfado e abacate
Lucilia Monteiro
A carta – que será renovada em breve, com novos pratos – privilegia a “cozinha saudável, sem açúcar e sem glúten” desde o pequeno-almoço. Apesar de ter várias opções de almoço – entre sandes variadas, saladas e pratos quentes à carta – há sempre uma menú “com sabores de todo o mundo”. No dia em que a visitámos, a cozinha preparava chili de quinoa com ovo escalfado e abacate. Mas, ao longo da semana, vão saindo pratos de vários continentes, sobretudo de inspiração asiática: Pad Thai (da Tailândia) com noodles de arroz, molho de peixe, lima, picante, Mie Goreng (da Indonésia) com molho sriracha, Salada Niçoise, com molho de manga natural e batata doce, Frango Sriracha, com mel e batata doce cortada aos quartos, assada no forno com azeite e parmesão, ou espetada de frango com molho de amendoim.
“Tentamos servir um prato vegetariano ao almoço, dia sim, dia não. Só cozinhamos carne branca”, conta Paula Fernandes que abriu esta cafetaria e restaurante em conjunto com a mãe, Ana Fernandes. Quem prefira um prato para picar com amigos poderá optar pela tábua Noshi (abacate grelhado, pesto caseiro, mozarela fresca, pão torrado e frutos secos). Para beber, há sempre um sumo ou chá do dia e uma variedade de cafés de especialidade.
Noshi > R. do Carmo, 11, Porto > T. 22 205 3034 > ter-sex 8h30-19h30, sáb 9h-20h, dom 10h-18h
A cozinha do Typographia Progresso serve pratos “do Porto, de Portugal e do mundo”
Lucilia Monteiro
3. Typographia Progresso
No último restaurante aberto por chefe Luís Américo, há menos de um ano, numa antiga tipografia da Baixa do Porto, há o serviço de carta está disponível ao almoço e jantar. A cozinha não será demorada (a única exceção será o bacalhau à Zé do Pipo), por isso, se a hora de almoço não for avantajada, dá perfeitamente para provar uma refeição que sai de Portugal e percorre os vários cantos do mundo.
Se não tiver apetite para a cataplana de gambas e chouriço de bísaro com ramo de hortelã (€22/duas pessoas) ou para o recém-chegado cachaço de porco preto ibérico com milhos no forno e brócolos (€16), provem-se as novas saladas acabadas de entrar na carta. Salada waldorf com maçãs da Beira (€12), salada caesar com barriga fumada de bísaro e camarão. E à mesa, ainda lhe há de chegar pão acabado de cozer na padaria própria do restaurante – vende pão a quem queira – e com muitas variedades (frutos vermelhos, pão de sementes, alfarroba, batata doce, pão de água e mediterrâneo). As sobremesas de Luís Américo, já se sabe, colocam a criatividade e o sabor em pé de igualdade. Por isso, termine-se a refeição com trouxas de ovos com crumble de canela ou com um gelado de limão e vodka.
Typographia Progresso > R. de Sousa Viterbo, 91, Porto > T. 22 099 7846 > ter-sáb 12h30-24h, dom 12h30-17h
4. Digby
Só pela vista e pelo design de interiores já valeria a pena uma visita ao Digby, o restaurante do hotel Torel Avantgard. Seja na sala – decorada com garrafas de vinho em homenagem a Sir Kenelm Digby, diplomata e filósofo inglês do século XVII que as terá inventado – ou na varanda com vista para o rio Douro, a cozinha deste restaurante (gerido pela Casa da Comida) é de inspiração tradicional portuguesa reinventada de forma contemporânea.
De segunda a sexta-feira, serve-se o menu executivo ao almoço (€19,50), com propostas diferentes a cada semana. Numa das últimas semanas, a sugestão propunha iniciar a refeição com creme de legumes ou ceviche de robalo, prosseguindo-se para o prato principal: filetes de dourada com risoto de laranja, posta de vitela com batata à murro e grelos ou caril de grão-de-bico com legumes. Termine-se o almoço com cheesecake ou salada de fruta fresca.
Na carta desenhada por Miguel Carvalho, chefe executivo da Casa da Comida e interpretada pelo chefe Pedro Garrido, os best-sellers continuam a ser a perdiz de escabeche e o queijo brie panado (para entrada), o tamboril à Bolhão Pato e o Pato com risotto de cogumelos (pratos principais). Dentro de poucas semanas haverá novidades na carta de verão.
Digby > Rua da Restauração, 336, Porto > T. 22 244 9615 > seg-dom 11h30-24h

A cozinha de Camilo Jaña no Panca está cada vez sul-americana
Rui Duarte Silva
5. Panca – Cevicheria e Pisco Bar
O restaurante mais sul-americano do grupo Cafeína está a “aproximar-se cada vez mais das origens”, confessa-nos o chefe chileno Camilo Jaña. Prove-se a cozinha peruana nas papas rellenas com rocoto mayo (€7/duas unidades), uma espécie de trouxa de carne que se costuma saborear nas ruas do Perú, ou nas causitas de escabeche de peixe frito (€8,50).
Nos ceviches (€10 a €14), encontra o peixeirada pura (peixe branco, batata doce e chulpi), de salmão (com quinoa, abacate e manga), de atum nikkei (com beterraba e cebolinhas) e o mariscal puro. Nesta casa, onde os leches de tigre são caseiros, conte com um menu de almoço (€12,50) que inclui couvert, sopa ou empanadas (de chili com carne, de bacalhau com cebolada, de queijo com camarão), ceviche ou antiguncho de carne ou de peixe, água sem gás e café. Para brindar com vinho a copo acresce-se €2, o mesmo valor da sobremesa – o suspiro peruano de limeña de lucuma é uma das novidades.
Panca – Cevicheria e Pisco Bar > R. de Sá de Noronha, 61, Porto > T. 22 203 3144 > seg-dom 12h-01h