1. The Vintage Restaurant & Bar
Na primeira carta elaborada pela chefe Vera Silva, à frente da cozinha do restaurante The Vintage Restaurant & Bar, em Lisboa, saboreiam-se, acima de tudo, produtos portugueses. À prova estão os legumes baby, flores comestíveis e mizunas (uma espécie de rúcula) da Quinta do Poial, em Vendas de Azeitão, Setúbal, e o queijo de cabra de Maçussa, produzido de forma artesanal na pequena aldeia de Maçussa, na Azambuja. Na lista, há ainda carne de lombo e peixe da nossa costa. “Portugal tem uma riqueza tão grande de produtos que não faz sentido ir à procura no estrangeiro. É uma forma de valorizar o que é nosso e de ajudar os pequenos produtores”, afirma Vera Silva.
A nova ementa está dividida em cinco categorias. Na primeira, Para Começar, a chefe destaca a salada de queijo de Maçussa, presunto e morango em redução balsâmico (€12), por ter três produtos nacionais, o presunto, o queijo e o morango, e ainda o gaspacho de tomate e sorvete de pepino (€5), que “surpreende o olhar e o paladar por ser servido em gelado”. Na secção Pela Boca Morre o Peixe, está o bacalhau O Nosso Gomes de Sá (€17): “não tem nada a ver com o clássico apesar de conter todos os elementos de um verdadeiro bacalhau à Gomes de Sá”, avisa Vera Silva. Já nas Carnes de Hoje Faz o Homem pode escolher-se o carré de borrego, feijão verde sobre uma polenta (€22), “diferente das habituais polentas fritas e apresentada com textura idêntica a umas migas do norte”, descreve a chefe. Adoramos Massa e Risotto tem um risoto de legumes e lascas de alcachofra fresca, entre outros pratos pensados para vegetarianos.
Para encerrar, Que Não é Amargo, Nem Azedo, Nem Salgado, com três sobremesas bem portuguesas: mil folhas de pastel de nata (€8), toucinho do céu com gelado de manjericão (€6) e farófias em emulsão de leite creme e a citronela em gelado (€6).
The Vintage Restaurant & Bar > Hotel The Vintage Lisboa, R. Rodrigues da Fonseca, 2, Lisboa > T. 21 040 5400 > seg-dom 12h-15h, 19h-23h30
2. A Padaria Portuguesa
Já não são apenas os pães de Deus e os croissants a dar fama às lojas A Padaria Portuguesa. Desde segunda-feira, 15, que há novos menus de almoço inspirados na cozinha do mundo, com preços entre €4,95 e €6,95. Uma das estrelas da ementa é a sandes de caranguejo mole com sriracha (molho de pimenta tailândes), maionese de pimentos padrón e duas texturas de cebola (crua e em pickles), criada pela chefe de cozinha Ana Viçoso. Tudo isto vem servido num pão banhado em manteiga (“não há nada mais francês do que pão e manteiga”, explica). Pode ser pedida em separado (€4,95) ou incluída no menu (€5,95) com chips de batata-doce e uma bebida.
“Quisemos inovar a ementa com tudo o que vimos e experimentamos lá fora, não esquecendo os produtos portugueses”, explica Ana Viçoso (passou pelas cozinhas do Hostel, considerado melhor hostel em 2010 e 2013, Fortaleza do Guincho e Café Nicolau), que se juntou à equipa da Padaria Portuguesa em fevereiro e viajou logo para Madrid e Londres numa espécie de visita de estudo. “ Na verdade, mais do que uma pesquisa foi uma confirmação daquilo que já sabíamos”, conta. A salada de favas (€5,95) é outra das novas apostas dos menus de almoço. É feita com favas baby, mais pequenas e tenras, bacon, tomate e cominhos. “É esta especiaria que nos faz lembrar o guisado de favas”, lembra Ana Viçoso. A sanduiche vegan com pepino doce holandês, pétalas de tomate confitado, húmus em grão, no interior de uma chapata de azeitona (€4,95 ou acompanhada por um sumo natural e uma sopa por €5,95) é uma boa alternativa para quem dispensa a carne e o peixe
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3. Maastige Avenidas
O chefe Ricardo do Canto, do restaurante Maastige Avenidas, em Lisboa, começa por sugerir as costeletas de borrego (€17,20) que são cozinhadas, em primeiro lugar, a baixa temperatura, e em seguida, salteadas na frigideira. Esta é uma das novas apostas da ementa criada há quatro meses que tem sido sucessivamente reajustada, quer em produtos, quer em técnicas para combinar com o tempo mais quente, explica o chefe que durante um ano e meio viveu e trabalhou em Londres e País de Gales, e de lá trouxe uma forma de cozinhar mais caseira. Este prato acompanha com legumes da época (míni alho francês, cenoura roxa e branca e batata-doce, entre outros) grelhados ou salteados.
A barriga de leitão confitada (€15), outra sugestão do chefe, fica a marinar numa mistura de citrinos e gengibre para cortar o excesso de gordura e ficar mais fresco e apetecível ao palato na primavera. À mesa chega com maçã caramelizada, mousse de cogumelos e chips de batata-doce. Mas para quem prefere pratos mais leves, há salada quinoa (€9) e spaguetti com gambas, chili, limão, tomate cereja e rúcula (€13). Fora das refeições principais, Ricardo do Canto sugere ovos rotos envoltos em presunto, batata frita e parmesão (€9), puntilhitas (€7) e o escabeche de perdiz (€9,70).
Maastige Avenidas > Av. António Serpa, 9, Lisboa > T. 21 134 5998 > seg-qui 12h-24h, sex-sáb 12h2h
4. Avenida SushiCafé
Ao fim de três anos, a ementa do restaurante Avenida SushiCafé mudou radicalmente de sabores. “Há muitas novidades originais para experimentar, mas também há sashimi de atum. E para fazer um sashimi de atum, não há que inventar”, diz Daniel Rente, chefe da cadeia SushiCafé (composta por 11 restaurantes em Lisboa) sobre a nova carta que mistura a gastronomia japonesa contemporânea com uma dose de criatividade. “Queríamos fazer uma carta mais moderna, misturar não só os ingredientes portugueses, como o nosso peixe, um dos melhores, assim como técnicas e produtos de outros países, como o pesto italiano, o lírio da Austrália e o sal das Himalaias, por exemplo.”
No SushiCafé, a apresentação dos pratos aposta numa palete de cores variada onde se evidencia o vermelho do atum, o amarelo do maracujá e o rosa do sal, entre outras tonalidades. O resultado já pode ser saboreado: Hammachi (€12), uma iguaria feita com lírio australiano em sashimi, salada de salicórnia e wakame, vinagrete de pesto e sal negro. “Escolhi um peixe gorduroso, muito saboroso, cortado fininho, entre uma fatia de sashimi e um carpaccio”, explica Daniel Rente. Nas carnes, destaca-se o wagyu truffle (€20), um tataki da vazia de wagyu com trufa e tempura de shimeji (cogumelos). Nas sobremesas, o chefe aconselha o sundae miso (€6,50), um gelado de nata com caramelo de miso, crumble de Oreo e biscoito de waffle.
Avenida SushiCafé > R. Barata Salgueiro, 28, Lisboa > T. 21 192 8158 > seg-qua 12h-30-15h30, 19h30-23h30, qui-sáb até às 0h30
5. Peixaria da Esquina
Há duas semanas que a ementa da Peixaria da Esquina, em Lisboa, apresenta novos sabores. “Fizemos pequenas alterações na carta, ajustes à estação”, diz Hugo Nascimento, um dos responsáveis pela cozinha e gestão, juntamente com Vítor Sobral. Dos novos pratos fazem parte o camarão marinado com manga, coco e poejos (15,65€), “um prato fresco, saudável e de sabor frutado a manga, coco e poejo, que pode funcionar como entrada ou prato principal”, acrescenta. “Vai-se perdendo este paradoxo de entrada e prato principal, principalmente na Peixaria da Esquina, onde se incentiva a partilha à mesa.”
Nas novidades, Hugo Nascimento destaca, ainda, a cataplana de lavagante (€89,85), por ser “um elemento icónico da gastronomia portuguesa, feito a pedido de alguns clientes que muito apreciam este peixe”. Por fim, o chefe de cozinha fala das lulas salteadas com shitake, favas e coentros (€14,90), por “estarmos na sua época”. Há de tudo um pouco nesta nova ementa, desde uma marinada de camarões, passando por peixes grelhados a carvão, não esquecendo uma açorda de bacalhau, descreve Hugo Nascimento.
Peixaria da Esquina > R. Correia Teles 56, Lisboa > T. 91 21 387 4644 > ter-sex 19h30-23h, sáb-dom 12h30-15h30, 15.30h, 19h30-23h30
6. Olivier
Com a nova decoração, ementa e esplanada, o restaurante Olivier Avenida deixa cair a segunda palavra do nome e assume-se agora simplesmnete como Olivier, nome do seu proprietário. Para ajudar na escolha, salienta algumas novidades da carta. São elas: Carpaccio de melão, pérolas de mozzarella, hortelã e presunto (€14), massa da minha tia Carolina, feita com linguini com tomate e pesto (€13) que, diz, “fica super bem com a picanha ou qualquer outra carne”, e o polvo vs bacalhau – o árbitro é o ovo (€30, duas pessoas). Nas sobremesas a atenção vira-se para a bomba branca com gelado de chocolate branco merengado e frutos vermelhos (€7).
“Nesta reformulação, mudámos bastantes coisas. Quis recriar um conceito que assenta numa nova cultura de comida, a comida pop, de sabor caseiro, bem confecionada e a um preço muito acessível. Essas foram as preocupações desta nova ementa, porque o que quero é que o Olivier seja aquilo que sempre foi: um restaurante, hype, pop, para pessoas que querem divertir-se e que querem vir comer um hamburguer ou um bife e até quem queira beber vinhos caros”, resume. A carta está pensada para todos os gostos e bolsas, desde os €30 até aos três mil euros.
Olivier > Av. Liberdade Lisbon Hotel > R. Júlio César, 7, Lisboa > T. 21 317 4105 > seg-sex 12h-15h, 20h-24h, sáb 20h-24h
7. Lab by Sergi Arola
Depois do ouriço, do pombo e da rã das ementas anteriores, é a vez de chegarem à mesa do restaurante Lab by Sergi Arola, em Sintra, os jaquinzinhos. Nesta nova entrada, apresentada há três semanas, o peixe é grelhado nas brasas, e vem acompanhado por esferas de vermuth e gnocchis de algas e caviar (€39). “Na altura em que estávamos a criar esta carta, o chefe Sergi Arola pediu-me para arranjar um peixe pequeno, como as míni sardinhas, mas por uma questão de sustentabilidade, sugeri os jaquinzinhos, como alternativa”, diz Milton Anes, o chefe executivo do Sergi by Arola, distinguido o ano passado com uma Estrela Michelin. Ainda nas entradas, destaca-se a Homenagem a Michel Guérard, o chefe francês, considerado o fundador da nouvelle cuisine, do qual Sergi Arola é um grande admirador. O prato clássico de Michel Guérard, o pot-au-feu (€49), no Lab by Sergi Arola, sabe a mar e não a carne. “É um cozido feito com nabo, cenoura, couves e carne de vaca cozida. O que fizemos foi retirar a carne e acrescentar o salmonete, vieira, mexilhão, ostra e linguado”, explica Milton.
Já nos pratos principais, sugere-se a dupla leitão e carabineiro (€59), dois ingredientes que combinam muito bem, segundo Milton Anes: “Aqui em Portugal não é consensual comer leitão sem a pele crocante, mas é com a pele mole que vai no prato, por uma questão de gosto pessoal do Sergi Arola.” Asa de raia assada em manteiga de ervas e pés de porco, maçã glaceada e creme de feijão preto (€24) é outra das sugestões. Para terminar o jantar (não se servem almoços) com a boca doce, pode pedir-se a sobremesa Fava de Cacau (€10), feita com chocolate, praliné e fava tonka ou uma fatia do Abade de Priscos (€10), aqui apresentada em forma de porco: “Uma homenagem à quantidade de gordura que o doce leva”, termina Milton Anes.
Lab by Sergi Arola > Penha Longa Resort, Estr. da Lagoa Azul, Sintra > T. 21 924 0111 > qui-sáb 19h-22h30