1. Porto
Regressa, regularmente, à cidade onde nasceu e cresceu. “Sonho que estou em casa da minha avó, onde havia uma série de referências visuais e sonoras que deixaram saudades, como o silêncio pontuado pelo relógio de parede, o chão encerado, as cortinas… É um lugar do passado, que já não existe, mas continua a habitar os meus sonhos, ao qual sabe bem voltar.”
2. Piscina do Foco, Porto
A cineasta e argumentista passou grande parte da infância, e adolescência, na piscina do Foco, desenhada pelo arquiteto Agostinho Ricca, num bairro residencial, onde aprendeu a nadar e treinou durante anos. “Era um sítio belíssimo, que faz lembrar Corbusier, de uma certa ideia de vivência do lugar.” Atualmente, está em ruínas, que espera ver reabilitadas.
3. Parque de Serralves, Porto
Quando está no Porto, Cláudia Varejão não dispensa um passeio no Parque de Serralves, não só por ser muito bonito, mas também por ter acompanhado a sua transformação ao longo dos anos. “Sinto falta, em Lisboa, de locais que permitam fugir do movimento urbano, e Serralves tem essa particularidade. É importante ao longo do tempo, persiste e acolhe-me.”
4. Rogério do Redondo, Porto
Perto da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, destaca o restaurante Rogério do Redondo pela cozinha portuguesa, feita com ingredientes genuínos. “Privilegia o sabor isolado de cada produto. Não é uma cozinha de molhos, dá atenção à carne, ao peixe e a determinados pratos, sem grande complexidade ou mistura de sabores.”
5. Cinemas Trindade e Batalha, Porto
Agrada-lhe ver as antigas salas serem devolvidas à cidade, como aconteceu com os cinemas Trindade e Batalha. “Além da programação, que foge do ciclo comercial, exibem filmes que só passam no circuito dos festivais.”
6. Praia da Aguda, Vila Nova de Gaia
Nesta praia, aprendeu a relacionar-se com o mar, com bastante respeito e noção dos limites. “Para quem nasce no Norte, a praia não é só um lugar de idealização romântica, pois temos de enfrentar as intempéries, o inesperado. Há vento, nevoeiro, morrinha…”