Facto: em outubro passado, o líder de vendas da Timberland, na Europa, foi o modelo Stratham Heights Tall Boot, uma bota de cano alto com tecnologia suspension heel – um tipo de salto, desenvolvido pela marca, que absorve o impacto e que torna o andar mais confortável. E que veio destronar a clássica “bota amarela”.
Surpreendente, tal como a variedade de modelos femininos que compõem a coleção outono-inverno. mas que vem confirmar que a estratégia para a linha de calçado feminino está a resultar, como explica Isabella Colombo, 41 anos, diretora de merchandise da linha para a Europa.
Quando em fevereiro do ano passado foi trabalhar para a Timberland, esta italiana tinha como objetivo fazer com que a marca, muito masculina se tornasse um negócio feminino credível. Porque, “no fim das contas”, as mulheres compram muito mais sapatos do que os homens, em qualquer parte do mundo. E tudo sem perder o seu DNA qualidade, conforto e o fator verde.
“Provámos que é possível vender ‘saltos’, mantendo a nossa identidade”, explica Isabella, que passou por marcas como a Fendi ou a Ralph Lauren. “É isto que nos torna diferentes da nossa concorrência, e que é muito importante para o futuro. E na moda isto não existe.”
Uma experiência muito diferente para Isabella, que destaca também as 40 horas por ano o equivalente a uma semana que todos os empregados têm, sem exceção, para trabalho comunitário. Seja através da plantação de árvores, de pintar uma escola, recuperar um hospital, etc. “No final do dia, sinto que fiz algo mais do que vender sapatos, sinto que contribuí para melhorar o nosso planeta.”
NÚMEROS EM PORTUGAL
No Grupo Brodheim (inclui a Timberland, Burberry, Tod’s, Furla, Guess, Undercolors of Benetton, Silhouette, entre outras marcas), são disponibilizadas 16 horas (2 dias) para trabalho comunitário.
De 2007 até à presente data, já foram plantadas 100 000 árvores resultantes da campanha Plante Uma Árvore da Timberland. Atualmente, as árvores estão a ser usadas na reflorestação do pinhal de Leiria