À entrada de Poison d’Amour o balcão está sempre composto com obras de arte. Aos quadrados, com formas redondas e relevos variados, com cores primárias, verdadeiras.
Isto é arte, mas comestível. Ultrapassamos a barreira daquele balcão encantado e, logo à nossa esquerda, em uma sala (ou um salão de chá?) com mesas e cadeiras de cores suaves servem-se delícias pouco comuns nesta cidade: tartelettes de frutos variados, éclairs, palitos de la reine, chaussons pommes, croissants simples ou verdadeiramente “encharcados” de frutos secos.
E chá. E é também aqui que a diferença se faz notar. Atentem na loiça, com um design antigo, em porcelana de cores pastel rosa, azul, bege, nos talheres “que vão à mesa do rei”, que somos nós, os clientes.
Chique como o Marais, os cafés parisienses da Place Vendôme, da rue du Faubourg Saint-Honorè… Esta é, no entanto, só uma das salas deste espaço. Existe outra e ainda outra e… ainda uma esplanada com calçada portuguesa e mesas de ferro forjado.
O “autor” e proprietário desta casa é português, mas viveu em Paris e dali trouxe as memórias que não o largavam. Pedro Pouseiro merece, por isso, que os lisboetas partilhem com ele os sabores parisienses.
POISON D’AMOUR
R. da Escola Politécnica, 32
T. 21 347 6032
Aberto todos os dias, das 8 às 20 horas