Discursando na cerimónia de Juramento de Hipócrates da região Sul, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o Serviço Nacional de Saúde “é um bem inestimável”, pelo que se espera que “seja possível atualizar o SNS, porque ele tem uma longa história e rica história mas o mundo mudou, a Europa mudou e Portugal mudou”.
“E é preciso ajustá-lo à nova realidade e há aqui uma oportunidade única, única, que não foi possível durante a pandemia, que antes da pandemia foi sendo parcialmente encarada, que é olhar para esse SNS e perceber que este é o tempo de proceder a esse ajustamento em recursos humanos, financeiros, logísticos e técnicos, em organização, em gestão, em ensaio do novo modelo de gestão em que quem define política, define política, quem tem que gerir de acordo com competências, olhando para o terreno, deve agir com espaço de manobra, separando uma coisa de outra”, salientou.
Considerando que a “oportunidade está criada”, o chefe de Estado afirmou que espera que “não seja desperdiçada”.
“Foi tão difícil chegar ao ponto de, superada a pandemia, em conversão em endemia, haver o mínimo de condições para fazer essa separação e proporcionar meios e recursos para aquilo que deve ser uma nova fase de gestão do SNS, que não pode ser desperdiçada” pelos “milhares e milhares e milhares que são profissionais de saúde e estão em atividade”.
“É o que devemos desejar todos nós, independentemente de sermos de um setor, de um quadrante, de uma orientação, estarmos no poder ou fora do poder, que é a coisa mais transitória do mundo. Não é transitório é verdadeiramente encontrar uma fórmula que olhe para essas prioridades, a vida e a saúde, e recrie as condições que foram criadas noutros tempos e foram sendo reformuladas durante décadas, mas que hoje enfrentam desafios como nunca houve cá dentro e lá fora, noutras sociedades, e são desafios cruciais”, apontou.
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