A vacinação sazonal simultânea contra a Covid-19 e contra a gripe começa na quarta-feira, dia7, anunciou hoje a diretora-Geral da Saúde no auditório da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). Ladeada por Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed e, pelo coronel Carlos Penha-Gonçalves, coordenador do Núcleo de Apoio ao Ministério da Saúde para o processo de vacinação, Graça Freitas elencou as prioridades do plano de vacinação sazonal que tem como objetivo “proteger a população mais vulnerável contra a doença grave e mitigar os efeitos da gripe.
A vacina a ser usada contra a Covid-19 como dose de reforço é a adaptada (com a estirpe original e uma adaptação à variante Ómicron), que começa a chegar a Portugal no dia 6, sendo a vacina original administrada às pessoas que estão no esquema primário de duas doses. No caso da gripe vai ser usada uma vacina de “dose mais elevada”, com composição antigénica “quatro vezes superior à fórmula padrão” que lhe confere uma “eficácia superior”.
A campanha, referiu Penha-Gonçalves, destina-se a “três milhões de pessoas” e durará 100 dias, “até 17 de dezembro”. Prevê-se que seja possível imunizar 280 mil pessoas por semana nos 397 postos de vacinação, sendo a maioria nos centros de saúde.
No caso da Covid-19 vão ser vacinadas as pessoas com 60 ou mais anos, acima dos 12 que tenham patologias de risco, grávidas com 18 ou mais anos com comorbilidades, residentes e profissionais de lares e profissionais de saúde. Já a vacina da gripe é dirigida a quem tenha 65 ou mais anos, grávidas, pessoas acima dos seis meses com comorbilidades, residentes e profissionais de lares e profissionais de saúde
As convocatórias serão feitas por idade e patologias de risco. Os primeiros a serem chamados – começam hoje a serem enviadas as convocatórias – serão os que têm 80 ou mais anos e patologias de risco.
As vacinas adaptadas da Pfizer e Moderna, baseadas na tecnologia RNA-mensageiro, só poderão ser dadas a quem já tenha a vacinação primária (as duas primeiras doses) – sendo necessário um intervalo de três meses em relação à última toma.
De acordo com o último relatório da DGS, 93% da população tem a vacinação completa contra a Covid-19, 66% dos elegíveis receberam a vacina de reforço (as crianças e adolescentes até aos 17 anos, inclusive, não têm indicação para esta toma) e 63% dos idosos com 80 ou mais anos tomaram a segunda dose de reforço.