Os Países Baixos foram os primeiros, na Europa Ocidental, a decretar novas restrições. Com o número de infeções a atingir os 20 mil casos diários, o mais alto de sempre desde o início da pandemia, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, falou ao país para dizer que “o vírus está em todo o lado e é necessário combatê-lo em todo o lado”. Assim, e durante três semanas, restaurantes, bares e outros serviços não essenciais, voltaram a encerrar às 19 horas. O teletrabalho passou a ser fortemente encorajado, para evitar acumulações nos transportes públicos, e limitadas as reuniões familiares a quatro pessoas.
Na Alemanha, o número de infetados diários tem vindo a aumentar muito nas últimas semanas. A quinta onde é a que tem trazido mais casos de SARS-CoV2. Desde 4 de novembro, e depois de bater nos 40 mil diários, ontem, 17, foram mais de 60 mil. A chanceler Angela Merkel reconheceu que a situação é dramática. “O número de novas infeções diárias é maior do que nunca, e o número diário de mortes é igualmente assustador”, disse, num discurso transmitido em vídeo. Merkel frisou que “não é demasiado tarde para uma primeira vacina”, apelando à vacinação dos alemães, que ronda os 70%. Para hoje está marcada uma reunião entre o Governo federal e os estados federados para a discussão de novas medidas restritivas. No entanto, algumas cidades já anunciaram medidas de contenção. Foi o caso de Munique, que cancelou o maior mercado de Natal da cidade, enquanto noutros locais os não vacinados não podem entrar nestes mercados. Em Berlim, quem não estiver vacinado contra a Covid-19 não pode entrar em locais como bares, discotecas, restaurantes, ginásios, museus ou cinemas.
Na Suécia, e apesar de o número de novas infeções não ser muito alta, em comparação com outros países da Europa – tem rondado os 900 a mil casos diários – a ministra da Saúde, Lena Hallengren, referiu, em conferência de imprensa, que “o país não está isolado do resto do mundo”. Hallengren anunciou que, a partir de 1 de dezembro, e pela primeira vez, vai ser exigido certificado de vacina contra a Covid-19 em eventos em espaços fechados com mais de 100 pessoas.
“Os sinais de alarme estão a piscar no vermelho.”Foi assim que primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou novas medidas. A partir de agora, o teletrabalho é, quando possível, obrigatório quatro vezes por semana até dia 12 de dezembro e o uso de máscara em locais com muita afluência baixou dos 12 anos para os 10.
Na Áustria foi imposto um confinamento que tem gerado controvérsia. O chanceler austríaco, Alexander Schallenberg anunciou a proibição de sair de casa aos maiores de 12 anos que não estejam vacinados. As exceções são para ir trabalhar, à escola, fazer compras ou um passeio rápido. “É nosso dever como Governo proteger o povo. Por isso, decidimos que a partir de segunda-feira [15 de novembro] haverá confinamento para os não vacinados”, explicou o chanceler.