A diretora-geral da Saúde, Graças Freitas, apresentou esta tarde uma série de pontos sobre a vacinação dos mais novos, com base no parecer da comissão técnica de vacinação. A vacinação dos jovens com mais de 16 anos é para continuar, mas a dos 12 aos 15 fica em “stand by”, à espera de mais dados. A exceção são os adolescentes desta faixa etária com comorbilidades associadas, que os coloca na lista da vacinação prioritária, com a DGS a acrescentar que “deve ser dada possibilidade de acesso a vacinação por indicação médica e de acordo com calendário da vacinação”.
Novas recomendações sobre a vacinação para estas idades só mesmo quando estiverem “disponíveis dados adicionais”.
Sublinhando que entre os 12 e os 15 anos, a Covid -19 costuma traduzir-se em doença ligeira, exceção feita para as crianças e adolescentes com comorbilidades que impliquem um risco acrescido, a responsável lembrou que, segundos dos dados do inquérito epidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, muitas das 410 mil pessoas nesta faixa etária já tem imunidade conseguida através da infeção com o SARS-CoV-2.
Graças Freitas recordou que há duas vacinas aprovadas para uso nesta idade – a da Moderna e da Pfizer – mas que a Agência Europeia do Medicamento alerta para casos de jovens que desenvolveram miocardite e pericardite, embora sejam raros e os efeitos ligeiros.
Na União Europeia ainda não foram notificados casos destes efeitos adversos “porque a vacinação na UE ou ainda não começou ou começou há pouco tempo e, portanto, ainda não há tempo para se saber”, justificou Graça Freitas.