Portugal registou hoje três mortes associadas à covid-19, um abrandamento de novos casos de infeções confirmadas pelo coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, no total de 756, e um aumento significativo nos internamentos. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde indica que estão hoje mais 38 pessoas em enfermaria hospitalar, somando agora 443. Já nas unidades de cuidados intensivos não houve alteração, mantendo-se os 97 doentes referenciados no domingo. Mais de metade dos novos casos de infeção (484) continua a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se verificaram também as três mortes.
A incidência da infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 no continente ultrapassou hoje os 120 casos por 100 mil habitantes, enquanto o valor para a totalidade do território situa-se em 119,3. De acordo com o boletim epidemiológico conjunto da (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a taxa de incidência a 14 dias subiu de 100,2 para 120,1 no que respeita a Portugal continental e de 100,2 para 119,3 em todo o território nacional.
Relativamente ao índice de transmissibilidade (Rt) o relatório revela que subiu de 1,14 para 1,18 em todo o território nacional e de 1,15 para 1,19 em Portugal continental.
Os dados do índice de transmissibilidade e da incidência a 14 dias são atualizados à segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.
Estes indicadores — o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 — são os dois critérios definidos pelo Governo para avaliar o processo de desconfinamento iniciado a 15 de março.
Nos concelhos de baixa densidade populacional, que representam mais de metade do território continental, a linha vermelha que obriga os municípios a recuar no plano de desconfinamento está fixada nos 480 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias e os restantes concelhos ficam sob alerta quando ultrapassarem os 240 casos por cem mil habitantes no mesmo período.
com Lusa