Quatro dias após defender que “devia permitir-se, dentro das condições que se tenha para dar segurança aos 5% ou 10% da lotação”, e que a presença de público no Estádio Cidade de Coimbra significaria “terminar em beleza”, o técnico ‘encarnado’ acabou por recuar hoje, em conferência de imprensa, no Seixal.
“Claro que gostava, como todos nós, que pudesse haver adeptos neste último jogo ou em qualquer jogo daqui para a frente. Se não é possível, em defesa do coletivo que é a nossa sociedade, acho que está certo. Também não é por mais 90 minutos que vai mudar alguma coisa”, observou.
Jesus frisou, no entanto, que “o futebol tem todas as condições para poder ter espetadores nos seus estádios”, uma vez que se disputa num “espaço controlado, aberto” e não em “pavilhões ou cinemas”.
“Ainda muito mais, as pessoas ligadas ao futebol têm muito mais experiência, foram as primeiras a saber lidar com a covid-19, trabalhando”, lembrou.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto disse na segunda-feira que a final Taça de Portugal de futebol entre Sporting de Braga e Benfica, que será disputada no domingo, em Coimbra, não terá público.
João Paulo Rebelo revelou que o Governo não coloca a hipótese de permitir a presença de público na final, como uma espécie de teste-piloto, à semelhança do que fez para a última jornada do campeonato, decisão que a Liga de clubes declinou, em nome da equidade entre os clubes.
O governante reconheceu que esse é um cenário que não coloca nesta altura e, questionado sobre se pode vir a colocar-se, respondeu que “não haverá condições para que isso aconteça”.
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