Um em cada quatro portugueses sentiu-se, todos ou quase todos os dias, ansioso, agitado, em baixo ou triste por causa das medidas de distanciamento físico durante este segundo confinamento; 34,3% mostram-se pouco ou nada confiante na resposta dos serviços de saúde à Covid-19; 67% dizem-se pouco ou nada confiante na resposta do SNS aos doentes não Covid-19; 50% dizem que as medidas implementadas pelo Governo são pouco ou nada adequadas; 20% dos que precisaram de recorrer aos serviços de saúde em Fevereiro, decidiram não ir.
Estas são algumas das conclusões do barómetro da Escola Nacional de Saúde Pública apresentadas por Carla Nunes, diretora da instituição, no auditório do Infarmed.
Segundo a professora, os 20% de portugueses que decidiram não ir ao médico são o valor mais alto registado desde o início da análise desde parâmetro, em julho de 2020. A 19 de fevereiro, este número desceu para 16,3 por cento.
Além dos números da saúde mental, uma em cada duas pessoas avalia o seu estado de saúde global como muito mau, mau e razoável.
Quanto ao uso da máscara, os que dizem usar “sempre” tem vindo a crescer. Sendo que houve um “decréscimo na quinzena de festas”, a que se seguiu uma “recuperação” e agora uma “estagnação”.
Já a frequência das saídas de casa sem ser para ir trabalhar, baixou agora para 16,4%, sendo que a 11 de eram 35%, ou seja, agora, “são quase metade das pessoas”, notou a especialista.
Em relação à perceção da adequação das medidas adotadas pelo Governo, verificou-se uma recuperação. A 22 de janeiro 68,9% das pessoas dizia que estas era pouco ou nada adequadas e agora esse valor está nos 50%, ainda assim, “são os valores mais baixos desde o início da pandemia”.
A diretora da ENSP referiu ainda que perceção de risco de ser infetado baixou de 73,5% a 22 de janeiro, depois do período das festas, para 56,5% em fevereiro. Carla Nunes explicou que “não há nada de incorreto ou errado, já que o facto de estarmos confinados é concordante.