Cidadãos com mais de 60 anos, nos grupos de risco e pessoal médico começaram a receber a primeira dose da vacina da Pfizer a 19 de dezembro. Três semanas depois, estes já estão a receber a segunda e última dose. No domingo, 10 de janeiro, as contas do ministro da Saúde israelita não podiam ser mais animadoras: 19,5% da população já está vacinada, incluindo mais de 72% dos israelitas com mais de 60 anos.
“Isto muda tudo”, congratula-se Guy Choshen, diretor da ala Covid do hospital de Ichilov, em Telavive, que também já recebeu a segunda dose. “Estou mesmo feliz por ter ultrapassado esta fase e ansioso por ver o fim desta epidemia”, acrescenta, citado pela agência Reuters.
A ideia é que, em meados de março, 5 dos 9 milhões de cidadãos do país estejam vacinados.
A taxa de vacinação de Israel é, de longe, a mais rápida do mundo, como se vê neste gráfico do Our World in Data, gerido pela Oxford Martin School.
Israel tem, neste momento, quase 21 doses administradas por cada 100 habitantes, enquanto o país colocado em segundo lugar, os Emirados Árabes Unidos, tinham, até domingo inoculado perto de 11% da sua população.
A diferença ainda é maior daí para baixo na tabela, com o Bahrein a mal chegar aos 5% e os Estados Unidos a ultrapassar por pouco os 2 por cento.
O mesmo gráfico coloca Portugal em 11º lugar (mas com dados de 8 e não de 10 de janeiro), com 0,69% da população vacinada.
As agências internacionais e televisões mostram o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, candidato à reeleição em março, a receber, no aeroporto de Ben Gurion, um carregamento de 700 a 800 mil doses de vacinas da Pfizer.

Segundo Netanyahu, daqui a uma semana chega outro reforço e o plano é que, entretanto, seja possível acelerar a taxa de vacinação para 170 mil por dia (contra os 150 mil atuais) e começar a ultrapassar a pandemia já no próximo mês de fevereiro.
“Vamos ser o primeiro país a sair do coronavírus”, garantiu, na semana passada, em conferência de imprensa, o chefe do Governo, poucas horas antes de apertar o bloqueio no país com o objetivo de reduzir a crescente taxa de contágio.
Anunciado na terça-feira, o confinamento encerra escolas e impõe mais restrições, no que Netanyahu classifica como “um último esforço”: limitação de mobilidade a um quilómetro de casa e limitação a cinco pessoas em reuniões em interiores e a dez ao ar livre.