“A transmissibilidade iniciou um processo de decréscimo” em outubro, pouco antes do estado de calamidade, declarou o epidemiologista do INSA Baltazar Nunes, esta quinta-feira de manhã, no auditório do Infarmed, em Lisboa, numa reunião entre especialistas, políticos e parceiros sociais. Atualmente o R (o indicador que mede a transmissibilidade, ou seja, quantas infeções cada caso de Covid gera) é de 0,99.
“Neste momento, o R está abaixo de 1. É de 0,99”, revelou o especialista com base nos cálculos nacionais realizados entre 23 a 27 de novembro. Há quinze dias, neste mesmo contexto, Baltazar Nunes divulgava um R nacional de 1,1. “Este comportamento é muito dominado pela região Norte – por ser aquela que mais casos tem” e onde o R é agora de 0,96.
A região com o R mais elevado no País é a do Alentejo (1,12), segue-se o Algarve (1,08), o Centro (1,05), a Madeira (1,05), os Açores (1,1), Lisboa e Vale do Tejo (1) e o Norte (0,96).
Baltazar Nunes fez ainda uma comparação entre Portugal e outros países europeus: “Os países continuam todos no seu processo de descida”. “Quando olhamos para as notificações, verificamos que a República Chega e a Bélgica continuam no seu processo de decréscimo, Portugal está no patamar a baixo de um (quanto ao R) e está a iniciar o mesmo processo. Vamos verificar qual será a velocidade a que vai descer neste mapa de incidências mais baixas”.