2020 foi um ano difícil em muitos aspetos para quem vive em algumas regiões do hemisfério sul – da Austrália à América Latina, passando pela África do Sul – mas não pelas razões habituais. É que segundo as contas feitas no momento em que aquela zona do planeta se aproximava do fim do inverno, há locais onde apenas 0,4% das pessoas inquiridas assumiram ter sofrido sintomas semelhantes aos da gripe, uma redução de quatro quintos em comparação com o ano passado.
O exemplo é da Austrália, mas outros países relataram igualmente desacelerações semelhantes na propagação da gripe. E a causa desse declínio é clara para os especialistas: ao se promulgarem confinamentos para combater o coronavírus da pandemia, foi possível não só reduzir a disseminação da Covid-19, mas também interromper a proliferação de outra doença igualmente mortal, como é o caso da gripe.