O diretor nacional de Saúde de Cabo Verde, Artur Correia, explicou hoje que ao completar em janeiro de 2021 três anos sem casos de malária de transmissão local, as autoridades cabo-verdianas poderão “pedir a certificação” à OMS.
“Temos de continuar a nossa luta rumo à eliminação do paludismo [malária] em Cabo Verde (…) É esse o nosso desígnio”, afirmou Artur Correia, durante a cerimónia de lançamento da primeira fase da Campanha de Luta Antivetorial, na Praia, que prevê pulverização em áreas habitacionais como prevenção à malária.
Esta primeira fase vai decorrer de 07 de setembro a 10 de novembro.
“Vamos chegar a janeiro de certeza sem nenhum caso e prontos para pedir a certificação de eliminação de paludismo junto da OMS”, acrescentou o diretor nacional de Saúde.
A certificação é atribuída pela OMS quando um país prova que interrompeu a transmissão local da doença por pelo menos três anos consecutivos.
No caso de Cabo Verde, nos últimos mais de dois anos e meio foram apenas identificadas oito pessoas infetados com malária, todos provenientes de outros países, sem qualquer transmissão local da doença.
A malária é transmitida entre humanos através da picada de um mosquito infetado, sendo uma das principais causas de morte a nível global. Em 2018, segundo a OMS, a doença atingiu 228 milhões de pessoas e matou cerca de 405 mil, principalmente na África subsaariana.
“O nosso desafio é consolidar, garantir todos os ganhos e fazer face aos desafios novos. A covid-19 é um deles, mas também o paludismo é outro e quando combatemos o paludismo aos mesmo tempo combatemos o dengue, chikungunya, febre amarela, zika e outras doenças veiculadas por vetores [como o mosquito transmissor]”, assegurou Artur Correia.
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