A venda de contraceção de emergência em Portugal caiu a pique desde que foi declarado o primeiro estado de emergência. Na semana do Carnaval, e ainda antes de surgirem os primeiros casos oficiais de Covid-19 no País, os portugueses ainda compraram nas farmácias 3.162 embalagens de “pílulas do dia seguinte” – mais até do que consumiram na mesma data em 2019. E nos 15 dias seguintes, ou seja, no início de março, o consumo desta pílula que é tomada após a relação sexual para evitar gravidez, ainda continuou alto. Mas desde o momento em que foi anunciado o estado de emergência assistiu-se a uma queda na sua procura.
Assim, na altura em que as escolas fecharam e depois de os portugueses ficarem em confinamento, as vendas semanais destes medicamentos desceram para 1.814 embalagens e depois para 1.503, segundo dados a que a VISÃO teve acesso da HMR – Health Market Research, empresa de recolha de dados do negócios das farmácias nacionais. Esta queda é visível não só pela quantidade de pílulas que eram vendidas antes da quarentena nacional mas como no cenário vivido no ano passado na mesma época: em ambos os casos as vendas destes fármacos rondaram as 3 mil embalagens por semana.
Aliás, quando em Portugal se iniciou o segundo estado de emergência, a compra deste medicamentos que impedem a gravidez manteve-se de tal forma baixa que, quando comparada com a verificada no ano passado, deu-se uma queda de quase 50%. Isto é, se na primeiras semana de abril de 2019 os portugueses compraram 3.049 embalagens destas pílulas do dia seguinte, este ano, apenas se venderam 1605.