Os resultados preliminares de uma nova investigação, apresentada na semana europeia da gastroenterologia, que começou no último sábado, em Barcelona, sugere que a resistência à claritromicina, usada contra a infeção por Helicobacter pylori aumentou de 9,9% em 1998 para 21,6% no ano passado. Os números são semelhantes para a resistência à levofloxacina e ao metronidazol. As conclusões foram tiradas depois da análise dos dados de 18 países europeus.
As infeções por H. pylori são complexas e requerem uma combinação de medicamentos. Estima-se que mais de metade da população mundial esteja infetada com a bactéria, embora não manifeste sinais até adoecer.
Em comunicado, o investigador de liderou o estudo, Francis Megraud, explica que “com as taxas de resistência aos antibióticos comuns a aumentar à taxa alarmante de quase 1% por ano, as opções de tratamento para a H. pylori vão tornar-se progressivamente limitadas e ineficazes de não se desenvolverem novas estratégias de tratamento”.
Esta bactéria é um fator de risco conhecido para o cancro do estômago (uma em cada 100 pessoas infetadas, segundo a Organização Mundial de Saúde).