Ser inteligente não significa só ter capacidade . Na verdade, vários estudos ao longo do tempo têm mostrado que ter um QI mais elevado pode ser associado a algumas características menos positivas.
Dizer palavrões, por exemplo, está relacionado, segundo um estudo de 2015, a um QI mais elevado. Os resultados dessa investigação, publicada na Science Direct, mostraram que as pessoas que conseguiam dizer mais asneiras num minuto também foram aquelas que tiveram pontuação mais alta num teste de QI.
Isto significa que, ao contrário do que se podia pensar, utilizar este vocabulário é sinal de habilidade verbal e fluência no discurso.
Pessoas inteligentes também ficam acordadas até mais tarde, de acordo com alguns estudos, que ligam este hábito a níves de QI mais elevados.
Um estudo de investigadores do Reino Unido mostrou que estas pessoas tendem a ter hábitos noturnos, não seguindo ritmo circadiano comum, que podem ser interpretados como sinais de de curiosidade e vitalidade intelectual.
Ser desarrumado é uma característica que chateia muita gente, mas a verdade é que pode singificar que tem um QI mais elevado relativamente às outras pessoas. Um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, sugere que ambientes confusos podem levar a uma maior criatividade.
Além disso, não ocupar demasiado tempo a arrumar e a organizar faz com que haja mais oportunidades para se pensar em coisas realmente importantes, de acordo com a investigação.
Pode ser prejudicial à saúde
Para se perceber se o QI elevado pode afetar negativamente as pessoas, mais de 3 mil membros da Mensa americana, uma sociedade que reúne pessoas com o QI acima de 130, responderam a perguntas e classificaram numa escala de 0 a 5 – de muito pouco saudável a muito saudável – os seus hábitos de sono e níveis de stress.
As mais inteligentes revelaram-se mais propensas a desenvolver transtornos físicos e psicológicos: 285% mais probabilidades de sofrerem alterações de humor; 242% de terem crises de ansiedade; 239% de déficit de atenção; e 530% de serem diagnosticadas com alguma doença relacionada com o autismo.
De acordo com os investigadores, as pessoas mais inteligentes correm riscos maiores de sofrerem estes problemas já que o nível de consciência sobre o que acontece ao seu redor é maior, o que pode afetar o cérebro, que exerce uma influência significativa no sistema imunitário.