Investigadores do Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio e da Universidade Keio trabalharam em conjunto num estudo que concluiu que o segredo para uma vida longa pode estar nos genes.
Analisado o sangue de mais de 530 pessoas com mais de 95 anos e mais de 4 mil pessoas, com idades inferiores a 80 anos, os resultados revelaram que os indivíduos que atingiam os 100 anos tinham em comum o mesmo gene: o CLEC3B.
Este gene, que os investigadores acreditam ser responsável por 30% da esperança de vida, está associado à produção de uma proteína – a tetranectina – que ajuda a prevenir a propagação de tumores cancerígenos e melhora a formação óssea.
“O gene que identificámos não é o único agente a determinar a longevidade. Mas acreditamos que desempenha um papel contra o envelhecimento de uma forma ou de outra”, explica Masashi Tanaka, um dos autores do estudo.
No entanto, os investigadores advertem que são necessárias mais pesquisas para que se possa concluir que o envelhecimento prolongado está associado a um único gene. Levar um estilo de vida saudável (bons regimes alimentares e prática de exercício físico) são fundamentais para uma vida longa.
Sumio Sugano, da Universidade de Tóquio, diz: “O estudo detalhado do gene descoberto recentemente pode fornecer pistas sobre quais os fatores que influenciam uma vida saudável e longa.”