Seja em família ou com amigos, disfrutar de uma mesa cheia pode ser dos maiores prazeres da vida. Mas diversos estudos têm indicado que o que comemos pode ser influenciado por quem estamos acompanhados e, muitas vezes, não é bom sinal.
A pesquisa mais recente, apresentada a semana passada pela American Heart Association, descobriu que existem mais 60% de probabilidades de quebrar um regime de dieta ao fazer refeições acompanhado. O estudo analisou 150 pessoas que durante um ano tentaram perder ou manter peso. Através de uma aplicação que dizia o que os participantes comiam e onde realizavam as refeições, os investigadores concluíram que os resultados foram melhores quando os participantes comiam sozinhos.
O carro foi considerado o local que oferece menos “perigo” na hora de comer, com apenas 30% de probabilidade de comer em excesso. Já o local de trabalho, representa 40% de probabilidades de cometer um lapso na dieta (a culpa pode ser daquele bolo de aniversário que o colega trouxe para festejar).
Um outro estudo de 1989, realizado pelo psicólogo John de Castro, analisava 63 adultos e concluia que o tamanho das refeições podia aumentar até 44% na companhia de outras pessoas e que continham mais carboidratos, gorduras, proteínas e outro tipo de calorias.
Cinco anos mais tarde, Castro realizou uma outra pesquisa que também revelou que fazer refeições com amigos ou familiares faz-nos comer mais – a razão pode estar na descontração e desinibição que temos nesses momentos.
Todos os estudos apontam na mesma direção: não somos bons em auto regulação do que comemos, principalmente na presença de outras pessoas. Para contornar isso, devemos planear melhor as refeições e concentrarmo-nos mais nos alimentos que estamos a ingerir. No caso de comer fora, devemos consultar as ementas com antecedência.