Foi agora divulgado o relatório sobre a linhas de dieta recomendadas pelo comité britânico de aconselhamento de 2015 (Scientific Report of the 2015 Dietary Guidelines Advisory Committee). Como seria de esperar, as dietas baseadas em legumes, cereais e baixas em gorduras, sobretudo animais, são as mais saudáveis.
Mas também o café, aquele fiel companheiro de manhãs, que “não faz perguntas parvas e simplesmente compreende”, foi, pela primeira vez, referido nestes relatórios como uma opção saudável.
Segundo o relatório cientifico, um consumo moderado de café (que colocam entre as três e as cinco chávenas por dia ou 400 mg de cafeína) não só não está associado a qualquer risco de saúde no longo prazo como tem ainda algumas vantagens. O consumo de café está relacionado com a redução da diabetes tipo 2 e de problemas cardiovasculares em adultos e ainda, com uma evidencia não totalmente confirmada, com a redução do risco de Parkinson.
Tom Brenna é um dos nutricionistas do Comité e, em declarações à Bloomberg em fevereiro do ano passado, disse que já desde 2010 que andam a a trabalhar no sentido de perceber qual é o papel do café nestas recomendações. “O café é bom! Não quero dizer que cura o cancro – ninguém pensa isso. Mas também não há evidencias de que aumento o risco e, se alguma se verificar, é precisamente o contrário (que reduz o risco)”.
Por fim, importa referir que o Comité alertou, no entanto, para a questão das calorias associadas ao café: o açúcar e o leite, por exemplo, que lhe são adicionados não entram nestas recomendações. O relatório menciona também a importância de ter em conta a sustentabilidade ambiental da produção de café, em resposta à grande massa de consumo e às exigências do mercado.