Um grupo de investigadores do exército norte-americano chegou a um algoritmo que permite ter o mesmo efeito com menos 65% de cafeína ou melhorar em 64% o desempenho neuro-comportamental com a mesma dose.
O estudo usou um modelo matemático validado para prever os efeitos da falta de sono e da cafeína no desempenho em tarefas de vigilância psicomotora e combinou-o com um algoritmo de otimização para determinar quando e em que quantidade se deve consumir cafeína para maximizar, em segurança para a saúde, o estado de alerta em períodos de falta de sono.
Este algoritmo recém-desenvolvido recorre ao ritmo de sono/vigília fornecido pelo utilizador para, com base nisso e no máximo de cafeína que deve ser consumido por dia, criar uma estratégia de doseamento.
Para criar o algoritmo, a equipa de investigadores dos EUA liderada por Jaques Reifman pegou em quatro estudos publicados anteriomente sobre a falta de sono. Para cada estudo, aplicaram duas estratégias de doseamento: Uma para melhorar o desempenho com a mesma quantidade de cafeína usada originalmente em cada uma dessas investigações e outra capaz de atingir o nível equivalente de desempenho desses estudos iniciais mas com uma quantidade inferior de cafeína.
Comparando com as estratégias de doseamento originais, o algoritmo mostrou-se capaz de chegar a uma forma de aumentar o desempenho neuro-comportamental em 64% ou, em alternativa, reduzir o consumo de cafeína em 65 com os mesmos resultados.
“O nosso algoritmo é a primeira ferramenta quantitativa a fornecer um guia personalizado e automático para uma dosagem eficaz e segura da cafeína para maximizar o estado de alerta nas alturas em que isso é mais necessário”, congratula-se Reifman.
A aplicação 2B-Alert vai estar brevemente disponível para que cada um possa inserir os seus dados de sono e consumo e depois receber um plano personalizado.
Os investigadores esperam que a aplicação se revele uma ferramenta útil para estudantes em época de exames, pilotos, condutores ou, em geral, qualquer pessoa que precise de executar uma atividade que implique estar, durante um período de tempo particular, no máximo da sua capacidade cognitiva.