Hoje, 1 de junho, há festa no LU.CA – Teatro Luís de Camões, que abriu as portas há quatro anos, precisamente no Dia da Criança. Faz sentido, afinal, é um espaço destinado a crianças e jovens.
A festa arrancou hoje com um banho de espuma em cima do palco. No espetáculo Le Petit Bain, um bailarino brinca com espuma, manipula-a e esculpe personagens e paisagens. Se hoje não pudeste assistir ao espetáculo, ainda o podes fazer até 3 de junho.
O que também ali podes ver até 17 de junho é a exposição A6 x Muitos, com ilustrações de dezenas de artistas que, através dos seus desenhos, te querem mostrar a importância das pequenas coisas e dos pequenos grandes gestos.
A festa, entretanto, continua no fim de semana de 4 e 5 de junho, com a exibição do filme Um Outro Mundo, que acompanha a grande aventura de Johan em busca do reino do Rei das Penas.
Finalmente, nos dois últimos fins de semana do mês, a bióloga marinha Ana Pêgo, autora do livro ‘Plasticus Maritimus’, vai orientar uma oficina relacionada com o problema dos plásticos e das toneladas de lixo que todos os dias chegam aos oceanos. Nesta oficina, a bióloga desafia Os Pequenos ARTivistas a criar uma obra de arte e deixar um compromisso com plástico trazido da praia.
O que foi o LU.CA antes de ser o LU.CA?
É um local com uma longa história: foi construído em 1737 para ser a Casa da Ópera do rei D. João V, ali perto do Palácio da Ajuda, em Lisboa, sobreviveu ao Terramoto de 1755 e, depois de ter sido a casa de uma associação recreativa durante cem anos, é agora o novo teatro de Lisboa para crianças e jovens. Aqui vai estar a programação infantojuvenil que era feita no Maria Matos, um outro teatro municipal, mas mais pequeno.
Neste espaço, recuperado pelos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, há corredores feitos à tua medida e lindos camarins novinhos em folha para receber os artistas. O mais surpreendente são as pinturas em tela que dão cor ao teto da sala de espetáculos: estão assinadas por Columbano Bordalo Pinheiro, um artista português do século XIX que gostava de pintar paisagens, temas históricos e, sobretudo, retratos. Por isso, quando lá fores, não te esqueças de olhar para cima.
Este texto foi parcialmente publicado na VISÃO Júnior n.º169, em junho de 2018