Metade dos baloiços está em Sunland Park, nos EUA, e a outra metade fica do outro lado do muro, em Colonia Anapra, no México. A ideia deste projeto partiu de Ronald Rael, um arquiteto norte-americano, e de Virginia San Fratello, professora numa universidade mexicana. Segundo eles,os baloiços são uma forma bem humorada e criativa de mostrar a «futilidade de construir fronteiras» e de lembrar que «o que acontece de um lado da fronteira reflete-se no outro».
Desde que foram ali instalados, no domingo, várias crianças e adultos vão até lá para brincarem com os seus «vizinhos». Ficam numa das zonas fronteiriças onde existe um ambiente de maior tensão. Apesar disso, «os agentes de patrulha fronteiriça nos Estados Unidos não viram problemas no projeto e os militares mexicanos também não», explicou o arquiteto, que disse ainda que «esta foi uma das experiências mais incríveis» da sua carreira, e que os momentos de brincadeiras na fronteira estiveram «repletos de alegria, emoção e união».
Um muro muito polémico
Quando foi eleito presidente dos Estados Unidos da América, em 2016, Donald Trump prometeu construir um muro que separasse totalmente o México dos EUA, de forma a evitar que imigrantes mexicanos pudessem entrar ilegalmente naquele país. A ideia desagrada a muitas pessoas e políticos que, até agora, têm lutado contra a sua construção.
Neste região dos EUA, contudo, parte desse muro já foi construída, substituindo vedações fronteiriças que já existiam ali. No entanto, se o desejo do presidente americano se realizar e o tal muro que separará completamente as duas nações vier a ser construído, este terá uma extensão de cerca de 3000 quilómetros, mais ao menos a distância entre Lisboa e Belgrado, a capital da Sérvia.