Vou aprender Língua Gestual Portuguesa e arrumar o quarto

«Estas férias imprevistas vieram parar um pouco a nossa vida, mas não significa que tenha de ficar sentada no sofá a olhar para a televisão! Hoje partilho aquilo que quero fazer nestas duas semanas de férias.
A primeira coisa que quero fazer é dar uma volta ao meu quarto, tirando coisas que já não quero, mudando as coisas de sítio, organizando livros e roupa que já não serve.
Nestas férias vou ler muito, pois nem sempre conseguia ler todos os dias, por causa da escola, dos trabalhos e de outras ocupações. O livro que estou a ler neste momento é O País das Laranjas, de Rosário Alçada Araújo, e a história sobre uma rapariga que foi acolhida em Portugal por uns pais que a amam muito e onde vai viver momentos inesquecíveis cheios de carinho e conforto, depois de o seu país, a Áustria, estar a ser consumido pela segunda Guerra Mundial.
Gostava muito de experimentar algumas receitas na cozinha, especialmente bolos e aperitivos, algo que quero fazer mais vezes, porque para mim cozinhar é muito entusiasmante. Acho que os primeiros bolos que vou fazer vão ser scones!
Além de bastante divertido, aprender Língua Gestual Portugal é bastante útil para sabermos comunicar com aqueles que não se conseguem exprimir com palavras
Há já algum tempo que comecei a aprender Língua Gestual Portuguesa, e para além de bastante divertido, é bastante útil para sabermos comunicar com aqueles que não se conseguem exprimir com palavras. Neste momento já sei algumas coisas, como o alfabeto, os números, os dias da semana, animais e alguns verbos, mas ainda gostava de saber um pouco mais para poder comunicar de maneira mais fluente.
Esta vai ser também a altura ideal para acabar os meus projetos inacabados, pinturas, e trabalhos manuais, que normalmente não tenho muito tempo para me dedicar a essas atividades que são dos meus passatempos preferidos.
Também quero aprender temas novos e desconhecidos, jogar jogos de tabuleiro com a minha família e praticar karaté.
E claro, gostava imenso que tudo voltasse ao normal, porque se estamos em casa, mesmo que divertidos, não é porque algo de bom se passa. Por muito que quisesse voltar à escola, sei que neste momento não vai ser possível, a situação é muito mais grave do que era em março ou abril. Ainda assim, acho que deveria haver aulas à distância, para não perdermos a matéria, continuarmos em contacto com os nossos professores e colegas e tentarmos manter ao máximo as rotinas de antes. Assim, não era preciso haver muita compensação no final do ano e na Páscoa. Protejam-se e até breve!»
Maria Manuel, 12 anos, Santo António dos Cavaleiros
Vou criar um podcast

«É muito estranho ter férias assim de repente, no meio dos teste, e da matéria. Eu tinha uma apresentação para fazer esta semana a francês… Na minha opinião, é preciso fazer alguma coisa para baixar o número de contágios no nosso país e o governo decidiu fechar as escolas porque os alunos podem não ter sintomas mas podem ser portadores da doença. Mas devíamos continuar a ter aulas, como aconteceu antes. O governo não quer aulas online e isso vai prejudicar os alunos e também vai estragar as nossas verdadeiras férias da Páscoa e do Verão.
Espero sinceramente que no fim destas duas semanas possa regressar à escola
Até ao fim do confinamento, os meus planos para estas duas semanas resumem-se em estudar um pouco e pôr em prática um projeto que já estou a pensar há algum tempo: criar um podcast. É isso que traz de bom estas férias, tempo para libertar a nossa imaginação (assim espero). Sinceramente, espero mesmo que no fim destas duas semanas possa regressar à escola.»
Henrique Magalhães dos Santos, 12 anos, 7º ano, Maia
Estou a criar países novos. Invento o nome, a bandeira, a moeda, a língua

«Tenho muitas ideias para estas duas semanas. É bom ter tempo para estar com a minha família e fazer novas descobertas. Sem as obrigações da escola e do desporto sobra muito tempo para fazer outras coisas.
Estou a criar países novos. Invento uma bandeira e o nome do país e a seguir escrevo o nome de outras cidades e aldeias, a moeda, a língua, a comida tradicional, a localização no mapa, o clima, o desporto popular, a música favorita, o número de habitantes, os meios de transportes, as leis e o meio ambiente. Estes países não têm desigualdade, racismo, poluição ou guerra.
Vou querer aprender novas músicas no trompete. São músicas de filmes que eu vi e que eu gosto como por exemplo Eye of the Tiger, do Rocky, Singing in the Rain, What a Wonderful World, do Feiticeiro de Oz, Wonka’s Welcome Song, do Willy Wonka, The Pink Panther e Star Wars.
Com a turma vamos encontrar-nos todos os dias numa videoconferência e cada dia vamos falar duma matéria diferente, fazendo jogos e desafios com a ajuda duma das mães ou pais dos alunos. Cada um também prepara um circuito de Educação Física para poder fazer em casa.
Vou ainda fazer um herbário para a aula de Ciências Naturais e ler um livro novo.
Não acho mal que as escolas tenham fechado, mas acho que é demasiado tempo. Penso que uma semana chegava para organizar tudo (porque penso que as escolas não vão abrir tão rapidamente).»
João Pedro Brito da Mana, 10 anos, Albufeira
Aprender piano com uma app

«Yupiiii! Férias! Pensam alguns alunos perante estas férias forçadas a meio do período escolar como medida de prevenção por causa da pandemia. Estamos em confinamento, não podemos, ou melhor, não devemos sair de casa. O governo decidiu não termos aulas online, para não existir desigualdades entre alunos.
Na minha opinião, também me sabe bem tem duas semaninhas de descanso, mas ao mesmo tempo acho que esta pausa vai quebrar o ritmo escolar a que estávamos habituados e até iremos esquecer algumas matérias nas quais estávamos a trabalhar. Mas claro que me vai dar imenso jeito, pois já planeei como a irei ocupar e com certeza que a maioria dos adolescentes também concorda comigo. Vou adiantar alguns trabalhos para a escola e dedicar algum tempo a mim mesma. Irei assistir a filmes e séries que já tinha planeado ver há algum tempo, ler alguns livros que não tive tempo de ler, filmar e editar alguns vídeos, nomeadamente em Stop Motion, para o meu canal de Youtube, que ultimamente não tem andado muito atualizado devido à falta de disponibilidade.
Irei também dedicar-me à música, ouvi-la mais frequentemente e praticar piano, tarefa que adoro e que comecei há 2 anos, com aprendizagem feita por uma app. Por fim irei dedicar-me ao desenho, pintura, etc, atividades que me dizem muito e que me dão paz e tranquilidade.
Puxem um bocadinho pela vossa imaginação e fiquem positivos (mas sem Covid, claro!) e vão ver que irão ter montes de atividades diversificadas para fazer aí em casa
Gostaria de deixar uma mensagem para todos os leitores. Sei que por vezes estar em casa por obrigação pode ser aborrecido ou até mesmo desesperante, que temos saudades de conviver com os nossos amigos e estar com os que mais gostamos, mas pensem que antigamente isso é que era crítico, não existiam telemóveis nem redes socias… Nós atualmente temos a capacidade de contactar à distância de um clique, mesmo sabendo que nada pode substituir as conversas presenciais. Temos que ter em mente que é para um bem maior e que não custa nada ficar em casa, pois existem pessoas que estão numa situação bem pior do que nós. Puxem um bocadinho pela vossa imaginação e fiquem positivos (mas sem Covid, claro!) e vão ver que irão ter montes de atividades diversificadas para fazer aí em casa.»
Helena Camacho, 14 anos, aluna do 9º ano, Lisboa
Fazer um puzzle novo e grande

«Uma vez que o governo decidiu fechar as escolas e nem ensino online iremos ter, temos de aproveitar o tempo de férias. Mas como? Acabando alguns trabalhos, fazer um novo e grande puzzle, escrever, passar mais tempo com a família e ler muito. Vai ser assim que vou aproveitar as minhas férias.
Na minha opinião, este período de pausa letiva já devia ter acontecido há algum tempo, mas não acho que deviam ser férias. Acho que devíamos estar a ter ensino online. O governo fez uma boa opção, mas devia tê-la feito mais cedo. Duas semanas não farão grande efeito, pelo que acho que mesmo assim vai ter de ser implementado o ensino à distância.»
Catarina Gomes, 11 anos, 6º ano, Aveiro
De manhã faço fichas, à tarde videochamadas

«Nestas «férias» que duram duas semanas, planeei fazer algumas coisas.
Como a minha professora me mandou fichas para eu fazer, fiz um plano para que tivesse tempo para fazer todas. Faço as fichas de manhã, e depois fico com a tarde livre para fazer outras coisas, como fazer videochamadas com os meus amigos e ler a Visão Júnior, claro. Como tenho dois irmãos, um irmão e uma irmã, também vou brincar com eles quando eu não tiver nada para fazer.
Quanto à decisão do Governo, tenho duas opiniões. Primeiro, achei boa, porque assim ficamos mais seguros. Por outro lado, não gostei muito, porque adoro os meus amigos e a minha professora, e não queria ficar sem os ver durante algum tempo.»
Pedro Vieira, 9 anos, 4º ano, Coimbra
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