Classe, futebol de nível superior e um adversário infeliz reduzido a 10 na última meia hora foram os ingredientes de novo título de campeão da Europa da Espanha, com expressivo 4-0 sobre a Itália, em Kiev, Ucrânia.
A maior goleada na história de finais europeias foi construída por David Silva (14), Jorge Alba (41) e os suplentes Fernando Torres (84) e Juan Mata (88): uma forma sublime de selar história inédita no futebol mundial, com dois títulos europeus intercalado por um mundial.
O “tiki-taka” promovido pelo experiente Vicente del Bosque e protagonizado por um conjunto de futebolistas de enorme talento, entrega e rigor tático revelou-se novamente imbatível e nem uma surpreendente Itália conseguiu colocá-lo em causa — ao árbitro português Pedro Proença coube a honra de dirigir o encontro.
Primeira a bisar
A Espanha, que é a campeão do mundo em título, tornou-se hoje a primeira seleção a revalidar o título europeu de futebol e igualou os três títulos da Alemanha, ao golear a Itália por ímpares 4-0, na final da 14.ª edição da prova, disputada em Kiev.
Os espanhóis ganharam o primeiro cetro em “casa”, no longínquo ano de 1964, e são agora bicampeões do “velho continente”, ao repetirem na Polónia e Ucrânia o título conquistado há quatro anos na Áustria e na Suíça.
Por seu lado, a seleção germânica, que também conta três finais perdidas, a última em 2008, foi a primeira a chegar aos dois troféus, ao sagrar-se campeã em 1972 e 1980, ainda como República Federal Alemã (RFA), e alcançou o terceiro, em 1996, ainda antes de qualquer outra “bisar”.