Naquela semana já me tinham avisado que podia haver greve, mas que teríamos de ir à escola no próprio dia para confirmar.
Quando cheguei à escola, estava uma grande confusão junto aos portões. Ao início não percebi porquê. Mas depois, quando passei o meu cartão para entrar no átrio, fui falando com alguns colegas que me disseram que não ia haver aulas até às 11h15, uma vez que havia muito poucos funcionários a trabalhar. Estes iam ficar à espera do segundo turno para ver se chegavam mais.
Fui avisar a minha mãe, que ainda estava do lado de fora do portão, de que eu teria de ficar à espera até àquela hora para ver se já teria aulas. Então a minha mãe lá foi embora trabalhar.
Quando eu tentei entrar no edifício da escola, para ficar à espera na cantina, apareceram três funcionários que me impediram, dizendo que só poderia entrar no edifício às 11h15. Fiquei espantada! Como é que se pode deixar crianças da minha idade ao frio, tanto tempo?
Por sorte, ainda estava lá o pai de uma amiga minha, que se ofereceu para nos levar para casa dela. Antes de irmos embora, o porteiro avisou umas mães que lá estavam que afinal não íamos ter aulas todo o dia.
Eu achei que isto não fazia sentido, pois deviam-nos ter dito desde o início, antes de muitos pais terem ido embora! No meio disto tudo estava marcado um teste de Ciências para este mesmo dia!
Concluindo, estas greves têm de ser muito bem organizadas de modo a que crianças da minha idade não tenham tantos problemas em gerir este tipo de situações.
A minha sugestão é que, quando há greve, haja alguma forma de garantir que os alunos possam, pelo menos, ficar dentro da escola, confortáveis e protegidos, para também deixarem os pais tranquilos a trabalhar!