Chegou embalada numa caixa de cartão, ganhou forma e tamanho ainda na madrugada de sexta-feira e de manhã já deslumbrava quem a conseguia avistar em baixo da Cascata dos Poetas, lugar nobre dos jardins do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras.
A peça chama-se Museu da Lua, em português, e é uma combinação perfeita de arte e ciência, da autoria do britânico Luke Jerram. Com sete metros de diâmetro, reproduz o astro na perfeição, usando para isso imagens de satélite da superfície lunar em alta resolução, uma cortesia da NASA.
Esta escultura esférica iluminada por dentro – para também imitar fielmente o luar – é ainda acompanhada por uma banda sonora à medida: além do Clair de Lune, um solo de piano do compositor francês Claude Debussy, a dado momento reconhece-se a frase «We choose to go to the moon» e a voz inconfundível de John F. Kennedy no célebre discurso de 1962 em que anunciou que a América chegaria à Lua. E ainda a contagem decrescente feita pela agência espacial americana no momento do lançamento da nave em que seguiam Neil Armstrong, Ed Buzz Aldrin e Michael Collins, os três magníficos que – faz agora em julho 50 anos – pousaram no Mar da Tranquilidade.
Em digressão mundial desde 2017, o Museu da Lua já foi exibido em inúmeros locais e os episódios curiosos multiplicam-se. Da última vez que foi apresentado no Reino Unido, uma menina perguntava ao artista: «Vais devolver a Lua quando a exposição terminar?»
A instalação conta com o apoio da autarquia de Oeiras e da Embaixada do Reino Unido. De manhã, a Lua já estava linda, à noite deve estar ainda mais. Vai uma aposta? (ou uma visita)