«Faz com que a tua voz seja ouvida», desafiam os jovens portugueses que organizam a Greve Climática Estudantil em Portugal. Foram eles que, em março, convenceram milhares de estudantes portugueses a faltar às aulas e manifestarem-se contra as alterações climáticas. «É o nosso futuro», dizem, »Não há planeta B».
Amanhã, 24 de maio, voltam à rua, e as manifestações estendem-se a 33 localidades portuguesas. No resto do mundo, jovens como eles também continuam o protesto, que terá lugar a partir das 10h30 em 111 países. À noite, está marcada mais uma vigília em frente à Assembleia da República, em Lisboa. Começa às 20 horas e só termina às 7 do dia seguinte.
Desde março, este grupo de ativistas ambientais não tem parado, dando entrevistas, organizando eventos de recolha de lixo em espaços públicos, debates e até vigílias. As últimas sextas-feiras têm sido passadas em frente à Assembleia da República, na capital, em vigílias que vão pela noite fora.
E não penses que os jovens estão sozinhos neste protesto. Para apoiar a sua luta, pais de vários países organizaram-se e criaram o movimento Parents for Future (Pais para o futuro). Em Portugal já são mais de mil.
Tudo começou em setembro passado quando a jovem sueca Greta Thunberg começou a fazer greve à escola todas as sextas-feiras, em frente ao parlamento do seu país, como forma de protesto contra as políticas ambientais da Suécia e dos governantes de todo o mundo. A mensagem foi como um alerta e, seis meses depois, a 15 de março, mais de 1.5 milhões de estudantes de vários países seguiram-lhe o exemplo: faltaram às aulas e foram para a rua manifestar-se pelo clima e pelo Planeta.