Com certeza que já te aconteceu teres pensado, ao olhar para o céu numa noite estrelada, se em algum daqueles pontinhos luminosos que vês haverá alguma forma de vida. Se calhar até conheces pessoas que acreditam na existência de extra-terrestres e outras que dizem que viram objetos a voar que deviam ser naves espaciais de outros planetas, ou seja, ovnis (iniciais de objeto voador não identificado).
Pois é sobre tudo isso que três cientistas que estudam o assunto te vão falar, no dia 4 de maio, sábado, no Planetário do Porto, em mais uma sessão do IAstro Júnior, uma iniciativa conjunta da VISÃO Júnior e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Daniel Folha, João Faria e Luísa Serrano vão explicar, numa linguagem simples e acessível a pessoas entre os 7 e os 12 anos, o que a ciência já descobriu sobre este assunto.
Esta sessão para famílias é gratuita. Tem a duração de aproximadamente uma hora, com três apresentações curtas. No final, poderás colocar as perguntas que quiseres aos investigadores.
Para assistir, basta pedires a um adulto para se inscrever, clicando aqui. Cada pessoa pode reservar lugar para um máximo de 7 amigos e familiares. Depois, receberá um email, e terá de responder confirmando a presença. Os bilhetes serão levantados no próprio dia, antes da sessão.
Quando: 4 de maio, sábado, 17h30
Onde: Planetário do Porto – Centro Ciência Viva (Rua das Estrelas, Porto)
Tema: Aventuras no Espaço: à procura de extra-terrestres
Entrada livre. Inscrições aqui
Os investigadores
Daniel Folha
Comecei a gostar de Astronomia ainda em criança e sempre me fascinaram aqueles pontinhos brilhantes que via no céu, à noite: as estrelas! A certa altura decidi que queria ser Astrónomo! :) Estudei Física e Matemática Aplicada (ramo Astronomia) na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Depois fiz Mestrado em Astrofísica e logo a seguir doutoramento no Queen Mary and Westfield College da Universidade de Londres, no Reino Unido.
Investiguei o comportamento de estrelas muito jovens, semelhantes ao que foi o Sol quando se formou. Ensino Física a estudantes de diversos cursos da área das Ciências da Saúde e da Vida, no Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU. Sou comunicador de ciência no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, onde trabalho também para que este espaço de divulgação científica e de promoção da cultura científica e tecnológica possa prestar um bom serviço a todos os que nos procuram.
João Faria
Tirei a licenciatura em Física na Universidade de Lisboa e depois mudei-me para o Porto, onde fiz o mestrado e o doutoramento em Astronomia. Desde aí tenho andado à procura de planetas fora do Sistema Solar, e a estudar as suas estrelas. Gosto de resolver problemas, muitas vezes com a ajuda de computadores. Mas a minha principal motivação para ser cientista é a descoberta de coisas novas, fenómenos que nunca ninguém viu ou que ainda não são compreendidos.
Luísa Serrano
Trabalhar no campo dos planetas e encontrar vida extraterrestre foi o meu sonho desde que era pequenina. Por isso, tinha o hábito de ler todos os artigos de divulgação sobre os planetas do Sistema Solar e sobre a missão Kepler da NASA, com a qual o número de exoplanetas conhecidos aumentou para muito mais de mil. Para realizar o meu sonho, estudei Física na Universidade de Trieste, em Itália, e fiz uma tese de licenciatura em Astrobiologia, a ciência que estuda como a vida poderia aparecer fora do nosso sistema terrestre. Na mesma universidade fiz o mestrado em Astrofísica. Depois, em 2015, mudei-me para o Porto para fazer o meu doutoramento em Astronomia, sobre a atividade estelar que pode ser um obstáculo na descoberta e descrição de exoplanetas. Ainda não concluí o meu percurso para me declarar cientista, mas já me sinto envolvida neste trabalho que oferece continuamente surpresas e resultados inesperados no estudo de qualquer nova estrela ou planeta.