Esta quinta-feira, 22, a partir das 15h, vai decorrer o webinar “Plásticos com poluentes orgânicos persistentes – regulamentação, barreiras e oportunidades“, organizado pela Associação Smart Waste Portugal e pelo Pacto Português para os Plásticos.
Os poluentes orgânicos persistentes (POP) são substâncias tóxicas que se encontram em plásticos usados em vários produtos, nomeadamente nos equipamentos elétricos e eletrónicos. Não se degradam em condições naturais, pelo que, se não forem devidamente separados e tratados, podem entrar na cadeia alimentar.
O problema maior dos POP é serem bioacumuláveis – ou seja, depois de absorvidos, acumulam-se nos tecidos gordos. Quanto mais alto estiver o animal na cadeia alimentar, maior será a tendência para ter altas concentrações de POP. No caso dos humanos, pode surgir no leite materno, passando daí para os bebés.
Há diversos estudos científicos que associam os POP a problemas de fertilidade e de desenvolvimento dos fetos, cancro, doenças cardiovasculares e depressão, entre outros.
O webinar de quinta-feira vai debater as falhas em Portugal no tratamento de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (conhecidos no meio pela sigla, REEE), que podem estar a deixar passar sem tratamento quantidades consideráveis de POP. A sessão vai ser iniciada por Luísa Magalhães, diretora-executiva da Associação Smart Waste Portugal, e encerrada por Luís Realista, também da direção daquele organismo.
A mesa-redonda contará com Rui Berkemeier, especialista em resíduos da Zero, António Lorena, da 3Drivers, Cristiana Gomes, da Agência Portuguesa do Ambiente, Claire Snow, da ICER (Industry Council for Eletronic Equipment Recycling, do Reino Unido, e Robin Ronceray, da francesa Ecologic. A moderação estará a cargo de Pedro São Simão, coordenador do Pacto Português para os Plásticos.