Nos próximos 40 anos o mundo pode assistir a um descongelamento total no Ártico. Durante uma sessão de leitura no Sakha Republic – a região mais fria da Rússia – o professor Oleg Anisimov mostrou-se preocupado com a rapidez a que o Ártico está a sofrer alterações na estrutura ambiental. “Por várias razões, as alterações climáticas no Ártico são mais rápidas e intensas do que noutra região qualquer”, disse.
“Em média, no último ano, a área mínima de gelo diminuiu de 5.4 para 5.3 milhões de quilómetros quadrados. Só nos últimos dez anos, a diminuição do gelo no Ártico foi de 13.7%”, especificou o professor.
Ainda de acordo com o professor russo, em 2050 não vai existir nada mais do que água em estado líquido e alguns icebergs flutuantes – tudo resultado do aquecimento global.
“O aquecimento global aqui [Ártico] é quatro vezes mais rápido. Segundo as previsões dos nossos meteorologistas, a temperatura no Norte vai aumentar de seis para sete graus, em 2100”, avançou Oleg Anisimov.
No entanto, ambientalistas e cientistas há muito que têm conhecimento dos possíveis desastres no Ártico, resultantes do aumento das temperaturas globais. Neste prisma, tal como o aumento do nível médio das águas do mar, as alterações climáticas põem os ecossistemas frágeis e a vida marinho em risco. Segundo os ambientalistas, há medida em que o gelo e a neve derretem, a capacidade da região do Ártico para refletir o calor para o espaço é reduzida, acelerando a taxa do aquecimento global, lê-se no Daily Mail.
Em termos concretos, a República da Sakha está a ser “vítima” das alterações climáticas mais do que qualquer outra parte do planeta, constata o jornal The Siberian Times. Em causa, algumas habitações ficaram destruídas devido ao descongelamento da permafrost.