No velho continente, das cerca de 12 mil plantas e animais não indígenas identificados, entre 1 200 a 1 500 são considerados exóticos invasores. Caracterizam-se por um crescimento e dispersão rápidos, pois competem de forma mais eficaz pelos recursos que as espécies nativas e não enfrentam predadores naturais.
Em todo o mundo, são a segunda causa de perda de biodiversidade e o valor estimado dos prejuízos que causam, na União Europeia (UE), é de 12 mil milhões de euros, por ano. A Comissão Europeia propõe a criação de uma lista comunitária com as 50 “espécies exóticas invasoras preocupantes para a União”, que devem ser banidas.
Os Estados membros vão ser obrigados a identificar os seus locais de entrada, a informar os outros países sobre a sua existência e a eliminá-las o mais depressa possível. Mas o Orçamento Comunitário para o período 2014-2020 não prevê qualquer verba específica dedicada a estas ações.
Da lista não constam plantas e animais migrantes ou que estejam a deslocar-se geograficamente, devido às alterações climáticas. Também os organismos modificados geneticamente estão excluídos. A proposta tem ainda de passar pelos Conselho e Parlamento europeus, antes de entrar em vigor.
ERRADICAÇÃO TOTAL
A lista negra das 50 plantas e animais será revista a cada cinco anos. Baseado em avaliações de risco e provas científicas, um comité, composto por representantes de todos os Estados-membros, decide quais as espécies a banir – deixará de ser possível importar, comprar, utilizar, libertar ou vender esses organismos.
€12 mil milhões por ano
Valor dos prejuízos causados por exóticas invasoras em infraestruturas, áreas agrícolas e saúde pública, na U.E.. O número não contabiliza a perda de biodiversidade e de ecossistemas.