A manhã mostra que estamos em plena primavera. O sol aperta, perto das onze, e nada melhor do que usufruir da paisagem e percorrer os espaços verdes do Parque da Cidade do Porto. De mapa na mão, chapéu e protetor solar, percorremos dois quilómetros, em linha reta, a norte do parque, entre lagos, canaviais e florestas. São 14 pontos que teremos de descobrir, num dos cinco novos percursos de orientação.
Antes de mais, há que tentar encontrar o primeiro ponto, marcado num poste com um triângulo a laranja, que assinala o início do percurso, em frente do Pavilhão da Água. No mesmo local, terminará a prova, sinalizada com dois círculos concêntricos. Todos os restantes marcos estão identificados com números que deverão ser seguidos por ordem e tão rapidamente quanto possível.
Os pontos 1, 2 e 3 obrigam-nos a andar em terreno de maior declive, representado no mapa por linhas, e em espaços florestais, identificados a verde. As sombras emprestam frescura a esta manhã solarenga. Aliás, o percurso deve ser feito de manhã cedo, antes de o calor apertar. Seguimos para o quinto ponto, cuja legenda nos abre algumas pistas. Temos de o procurar algures, perto de um lago e junto a um muro.
“Os pontos foram enquadrados, respeitando a paisagem”, explica Liliana Ferreira, chefe da divisão de parques urbanos da Câmara Municipal do Porto, que nos ajuda a decifrar algumas legendas. Seguindo o mapa, vamos entrando no habitat de alguns animais, que podem ou não deixar que os observemos, dependendo da época do ano.
Por ora, veem-se por ali cisnes, nos lagos, e pombos, que vão percorrendo caminhos paralelos ao nosso. No oitavo ponto, somos recebidos por patos-reais. Temos de pôr os pés na água, pois, para seguir caminho, é preciso passar por um riacho. Fresquinhos, chegamos ao antigo celeiro, cuja construção é anterior ao parque e aqui surgem mais dois pontos.
Agora, o mapa indica o sul. Nos números 10 e 11 descobrimos lagos entre espaços florestais e vegetação. Desaceleramos, ouvindo os sons emitidos pelas rãs, para anotar o 12.º poste e vislumbrar o lago com as margens ocupadas por canaviais, num espaço em que dominam os verdes e os castanhos.
O penúltimo posto de controlo está estrategicamente colocado, num desafio aos mais entusiastas. “Quem efetua esta prova, não vê imediatamente o marco”, alerta Liliana Ferreira.
Disponíveis para quem se quiser aventurar, os mapas (descarregados em www.portolazer.pt) adaptam-se aos conhecimentos de cada um. “Por exemplo, os pais podem realizar um percurso e os filhos outro, ao mesmo tempo. Cruzam-se nos pontos que os trajetos têm em comum. O primeiro e último ponto são iguais em todos os percursos”, esclarece Liliana Ferreira.