Já andavam um pouco atrasadas as olaias de Lisboa, diz Ana Júlia Francisco, engenheira-da-Câmara-que-tudo-sabe-de-árvores. Os lisboetas esperam-nas entre as glicínias e os jacarandás.
Por isso, agora as suas flores sabem tanto a primavera. Vale a pena ver de perto os botões a saírem diretamente dos ramos retorcidos ou mesmo dos troncos, uma das características que tornam estas árvores tão originais. Mas há mais, aprende-se num telefonema.
“Mesmo sem floração nem folha, têm uma forma e um crescimento de ramos muito interessante. Como perdem cedo a dominância apical [o gomo central deixa de dominar todos os outros], o seu comportamento é quase arbustivo.” A floração, lindíssima e abundante, espanta na quase total ausência de folhas. Quanto mais caquéticas, mais bonitas são as olaias. E a boa notícia é que na Câmara continuam apostados em plantá-las.
Onde pode vê-las
- “Bairro das Caixas” (entre a Av. da Igreja, o Campo Grande e a Av. dos EUA)
- Av. Poeta Mistral (entre a Av. de Berna e a Av. Elias Garcia)
- Av. Calouste Gulbenkian (logo a seguir ao aqueduto)
- Rua Mem Rodrigues (transversal da Av. Ilha da Madeira)