Quase 60 milhões de euros serão necessários para concluir a despoluição da bacia do Tejo, entre o Barreiro e o Seixal, nos próximos dois anos, anunciou o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, durante uma visita às instalações da empresa pública Baía do Tejo.
Os terrenos contaminados por anos de atividade industrial pesada estão a ser recuperados com recurso a dinheiro proveniente do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Até ao presente, já foram investidos cerca de 25 milhões de euros na obra.
Os trabalhos são delicados, devido à proximidade em relação ao leito do rio. “Ao recuperamos os solos, temos de evitar a contaminação do lençol freático ou do Tejo. Muitas destas zonas são frágeis”, assinalou o secretário de Estado.
A contaminação dos terrenos deve-se à atividade da antiga Siderurgia Nacional, no Seixal, e à atividade da indústria química, no Barreiro. Neste momento, no Barreiro estão em curso demolições de edifícios e a remoção de cinzas de pirite; no Seixal, procede-se à remoção de lamas contaminadas.
O secretário de Estado do Ambiente disse que a descontaminação permitirá a utilização dos terrenos para diversos fins mas não esclareceu que tipo de uso estes poderão vir a ter no futuro. Já Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, sublinhou, durante a visita, que é necessário criar condições para a instalação de empresas: “Nós precisamos de investir naquilo que possa criar riqueza para esta região e para estes concelhos. Para isso, é essencial esta questão da descontaminação dos solos, e criar aqui as condições para que as empresas se possam instalar.”.
Os Dados
60 milhões de euros ainda terão de ser investidos para recuperar os terrenos da baía, entre o Seixal e o Barreiro