Bem-vindos a mais uma Arquivo VISÃO, em que se recorda alguns dos melhores trabalhos da revista nos últimos 28 anos. Quinzenalmente, nesta newsletter exclusiva para assinantes VISÃO, publicaremos artigos que vale a pena (re)ler, por permanecerem atuais e, de alguma maneira, ajudarem a compreender o presente.
Recordamos, desta vez, uma reportagem publicada há 21 anos, na nossa edição de 30 de março de 2000. Foi antes de António Guterres – então primeiro-ministro, agora reconduzido no cargo de secretário-geral das Nações Unidas – ter visto o “pântano” que o fez sair do governo, Jorge Sampaio cumpria ainda o seu primeiro mandato como Presidente da República. Para as cerimónias do 13 de Maio desse ano, estava prevista a vinda de João Paulo II que iria beatificar Francisco e Jacinta Marto, em Fátima. A viagem acabaria por se tornar a última visita a Portugal do Papa de origem polaca e, sobretudo, ficaria marcada pela revelação do terceiro segredo de Fátima que, durante décadas, tantas teorias da conspiração motivou: no final da missa de beatificação dos pastorinhos, João Paulo II identificou o “bispo vestido de branco” como sendo o próprio, assim como os “vários tiros e setas” descritos por Lúcia se referiam, no seu entender, ao atentado que ele sofreu em 1981, justamente a 13 de maio.