João Soares diz que a candidatura de Ferro Rodrigues a secretário-geral é a garantia de que o PS «se assumirá como um partido de esquerda». Pina Moura, ex-ministro das Finanças, assegura estar convicto de que o candidato «continuará e renovará» o projecto da Nova Maioria. Adverte António Guterres que Ferro Rodrigues não poderá dispensar o centro político, se quiser ganhar as legislativas. Enquanto os «pesos pesados» vão puxando a brasa à sua sardinha, o quase certo novo líder socialista pede a maioria absoluta nas legislativas de Março, mas envia, ao mesmo tempo, sinais de abertura ao PCP e ao PP.
Se o passado de Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues poderia fazer adivinhar uma viragem à esquerda para o PS, a sua mais recente postura política deixa tudo em aberto. Ele é um sampaísta convicto, que, na passagem pelo Governo, se mostrou leal a António Guterres. Ao ponto de ir em seu socorro, aceitando, numa época de grandes dificuldades – como foi a da demissão de Jorge Coelho, na sequência da queda da ponte de Entre-Os-Rios – ser ministro do Equipamento Social.
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