Na Casa da Moeda Prussiana, nunca se brincou em serviço. Era a principal máquina da Alemanha de Hitler para derreter o produto do extermínio e das pilhagens nazis, que deixaram um bom naco da Europa em fiapos e cinzas. Em 1942, foi ali parar também o ouro amoedado, roubado aos holandeses e que, num ápice, acabou fundido e transformado em barras, prontas a transaccionar. Diz quem sabe que este tipo de barras é o único onde poderá ter sido misturado ouro roubado aos judeus, nos campos de concentração. Incluindo Auschwitz. Mas, até ver, as barras não falam. Muitas permanecem ainda hoje incógnitas, sem rasto ou paradeiro que se fareje, sem passado nem memória. Contudo, pelo menos quatro delas, totalizando perto de 50 quilos, apareceram, em 1976, num país à beira-mar plantado: estavam depositadas numa conta do Santuário de Fátima, na sede do antigo Banco Pinto de Magalhães (BPM), no Porto, juntamente com outros lingotes.
Só agora, 25 anos depois e após uma investigação de meses, a VISAO está em condições de revelar os elementos que atestam o facto de o Santuário ter depositado em seu nome ouro c riminoso e moralmente comprometedor. Um segredo nunca confessado, tal como outros que o desfiar da meada acabaria por desvendar. De resto, esse ouro na sou de fininho, sem se dar por âmbito de uma mega-investigação a supostas irregularidades no BPM, iniciada após as nacionalizações de 11 de Março de 1975.
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