O Knee Defender (literalmente “protetor do joelho) é um pequeno clip de plástico, vendido na internet por €22, que permite bloquear a inclinação do banco da frente, como forma de defender o “espaço vital” do passageiro. Tem como objetivo deixar espaço livre para as pernas ou permitir baixar a mesa, sem ser incomodado.
As batalhas
Por causa da utilização do Knee Defender têm-se multiplicado os incidentes no ar. A 24 de agosto, um voo entre Newark e Denver, nos Estados Unidos, teve que aterrar em Chicaco como forma de terminar uma disputa violenta entre dois passageiros. A 27 de agosto, num voo entre Miami e Paris, o diferendo entre dois passageiros terminou com um deles a atirar um copo de água ao outro, lançando a confusão. Os dois foram entregues à justiça.
Legal ou ilegal?
Até ao momento, o Knee Defender não é oficialmente interdito pelo organismo internacional que regula as viagens de avião e os direitos dos passageiros. No entanto, diversas companhias norte-americanas já começaram a proibir a sua utilização, como forma de evitar incidentes a bordo. Em muitas low cost, nomeadamente a Easyjet e a Ryanair, o problema nem se coloca: os bancos não são reclináveis
Campo de guerra
Grande parte da razão do sucesso comercial do Knee Defender – e de outros aparelhos semelhantes, embora com nomes diferentes – reside no facto de o espaço entre assentos ser cada vez mais exíguo nos aviões. Segundo um estudo do Wall Street Journal, publicado em 2013, o espaço entre cadeiras na classe económica passou, em média, de 47 centímetros para 43 centímetros, no espaço de uma década. A guerra vai, portanto, continuar.