De notar que não bebíamos água da torneira, e inclusivamente lavávamos os dentes com água mineral também. Antes de partirmos fomos vacinados contra a febre amarela, e o Filipe também contra a hepatite A. Eu ainda tinha as vacinas contra as hepatites A e B ativas, do tempo da viagem à Índia, com os devidos reforços, pelo que fiquei agora isenta dessas.
Fomos igualmente medicados para a malária, com a toma de um comprimido semanal.
Era suposto termos levado também a vacina contra a febre tifóide, mas no hospital Curry Cabral (um dos locais onde existe a Consulta do Viajante) informaram-nos que estava esgotada em toda a Europa. Disseram-nos que a Austrália tinha enviado algumas doses para nós, mas que eles também tinham deixado de cedê-las, pois precisavam delas para a sua própria população. Achámos bizarro – uma vacina (supostamente) tão importante e está esgotada em toda a Europa. Fazendo pesquisa na internet, encontrámos um artigo que diz:
“A vacina contra a febre tifóide foi recolhida do mercado pela empresa que a comercializa, em setembro de 2012. Fonte oficial da Sanofi Pasteur explicou que se tratou de uma recolha voluntária, a nível mundial. Esta recolha aconteceu porque algumas das vacinas poderão “eventualmente” conter o princípio ativo (antigénio) em dose inferior à das especificações do produto”*.
Muito bem, partimos para a Amazónia sem vacina contra a febre tifóide. A médica e a enfermeira que nos atenderam, no hospital, explicaram-nos de qualquer forma que a febre tifóide se combate com antibiótico. Se tivéssemos febre e diarreia, havia que atacar imediatamente com antibiótico. E lá fomos nós com antibiótico atrás, para o que desse e viesse.
* Sapo Saúde (13 janeiro de 2013), Laboratório espera repor totalmente vacina da febre tifóide no final de março. Página consultada a 27 de Julho de 2013. http://saude.sapo.pt/noticias/saude-medicina/laboratorio-espera-repor-totalmente-vacina-da-febre-tifoide-no-final-de-marco.html.