Já a conhecíamos de outras aventuras, quando decidiu percorrer a pé as fronteiras continentais marítimas e terrestres de Portugal, em 2011, palmilhando mais de 2000 quilómetros, em 80 dias.
Desta vez, a aventura foi mais pequena, mas não menos simbólica. No dia 5 de Outubro – o último celebrado como feriado – partiu do castelo de Guimarães decidida a chegar à fortaleza que protege Lisboa 20 dias depois.
As datas foram escolhidas de forma intencional e celebram efemérides ligadas ao fundador da Nação. Foi a 5 de Outubro de 1143 que o Tratado de Zamora foi assinado, reconhecendo a Independência de Portugal e D. Afonso Henriques como seu soberano. Já a 25 de Outubro de 1147 celebra-se a tomada efetiva do Castelo de São Jorge aos mouros, findo o cerco que determinaria a vitória das tropas de Afonso Henriques.
Entre a partida e chegada, Isabel Pessôa-Lopes, 46 anos, foi percorrendo outras fortificações e lugares ligadas à história do fundador e da fundação do país, como o Castelo de Santa Maria da Feira (berço da Independência de Portugal), a Igreja-Mosteiro de Santa Cruz (onde D. Afonso Henriques jaz sepultado), os Castelos de Soure, Pombal e de Leiria. De São Jorge, Porto de Mós, (onde se desenrolou a Batalha de Aljubarrota) segui até à Igreja de Santa Maria de Alcobaça (também associada à fundação da nacionalidade) e partiu rumo aos Castelo de Alfeizerão, Óbidos, Castelo de Abrantes, Castelo de Almourol, Muralhas e Castelo de Santarém – Porta do Sol.
De Santarém, seguiu sempre pela Via Romana (agora Estrada Nacional) até Lisboa, passando por Vila Chã de Ourique, Cartaxo, Pontével, Vila Franca de Xira, Santa Iria da Azoia, Pirescoxe, Bobadela até ao ex-líbris da Capital, o Castelo de São Jorge.