Os guias turísticos indicam-nos Viena como a cidade dos grandes museus, dos bonitos teatros e das óperas mais espantosas. Uma cidade pesada economicamente, principalmente para aqueles que procuram aqui os melhores espectáculos europeus.
Embora concordemos que as suas praças e os seus monumentos são dos mais majestosos da Europa, o encanto de Viena conseguiu surpreender-nos por muito mais do que nos apontam os guias sobre a cidade.
Num (grande) recanto ao fundo do nosso mapa de Viena, encontramos os jardins do Palácio de Schönbrunn, que só pelo seu verde imponente e bem tratado já mereciam meia-dúzia de horas lá “perdidas”. Depois de os explorarmos, e de sermos aconselhados pelo Mark (um dos responsáveis pelo nosso hostel), descobrimos aquele que é considerado o café mais bonito da Áustria, que serve refeições típicas deste país.
O Café Gloriette prima pela sua beleza, pela sua vista, pela sua simpatia e pelos seus pratos frescos e baratos. Recuperado na totalidade em 1995, a construção de Gloriette (como o Mark lhe chamou) remonta a 1775, ao reinado da Imperatriz Maria Theresia. Foi construído sobre um dos pontos mais altos da cidade, um local privilegiado com vista sobre Viena quase completa, e, provavelmente, servia inicialmente como um templo de glória. Mais tarde, passou a ser um local de grandes jantares e festas, acabando por servir de sala de pequeno-almoço ao Imperador Franz Josef I.
A soberba construção de Gloriette não nos afasta de Viena, muito pelo contrário, cola-nos à cidade, ainda que com uma perspectiva diferente.
Contudo, a sua envolvência verdejante e natural leva-nos para uma realidade completamente distinta daquela que encontramos no centro de Viena. E este sim, devia ser o local mais atraente dos guias de turismo sobre a cidade.