A segurança é uma das principais preocupações a ter em conta quando se planeia uma viagem, mas nunca é totalmente controlada, nem depende só de nós, por mais cuidados que possamos ter. Evitar situações de risco pode ser uma das principais formas de prevenção, contudo, por vezes vale mesmo a pena arriscar.
Quando planeámos a nossa passagem por Budapeste encontramos diversos artigos que não nos aconselhavam a passear à noite pela cidade, principalmente se fossemos apenas os dois. Mais do que isso, tivemos, inclusive, relatos de amigos com experiências noturnas menos agradáveis, que nos indicaram que o mais seguro seria integrar-nos em grupos organizados. Os mitos gerados em torno de Budapeste são muitos, mas nós não os sentimos, de todo, na pele. Muito pelo contrário.
Budapeste é uma cidade muito segura durante o dia, e segue os mesmos passos à noite. As pessoas locais respeitam o espaço umas das outras e são muito pacíficas, mesmo nas situações mais desagradáveis – tivemos a certeza que estávamos numa cidade tranquila quando, por distração, o motorista de um dos últimos elétricos da noite deixou trancar a porta da cabine de navegação com a chave lá dentro e, em vez de protestarem, todos os passageiros se prontificaram a ajudar o condutor aflito a recuperar a chave, através de uma pequena janela que tinha, felizmente, ficado aberta.
Para ajudar, a vasta dimensão da rede de transportes da cidade permite-nos chegar, em segurança e em poucos minutos, a qualquer local. A organização de horários entre elétricos, autocarros e metros é absolutamente genial!
Posto isto, Budapeste tem uma beleza estrondosa à noite, que deve mesmo ser aproveitada – a vista sobre o Parlamento, as pontes sobre o Danúbio e a Citadella (principalmente a Citadella!) ganham um brilho enorme, depois de iluminadas, durante e depois do pôr-do-sol.