sara belo luís
O primado da tolerância
Se queremos construir um mundo mais justo, temos de estar disponíveis para ouvir e para dialogar – mesmo quando o diálogo é difícil, mesmo quando os argumentos são descabidos, mesmo quando o interlocutor ameaça destruir-nos
Democratas do mundo, uni-vos!
Se os regimes vão mudar perante a contestação? Se alguma coisa vai mudar para que tudo fique na mesma? Se se trata apenas de pequenos momentos para aliviar a tensão própria das ditaduras? Os observadores mais atentos não arriscam nas respostas e, por isso, o mais sensato é aguardar. E ir lembrando de que não são protestos generalizados e que não existem propriamente transições a decorrer…
O jogo perigoso do Qatar
Não é preciso ter uma bola de cristal para adivinhar que, até à final do Mundial do Qatar, o confronto está para durar: entre ditaduras e democracias, entre sociedades fechadas e sociedades abertas, entre países que protegem direitos políticos, sociais e civis e regimes que criminalizam outras formas de ser e de pensar
Num país onde os jovens não defendem o Planeta, eu não quero viver
As tontearias que eventualmente venham a ser cometidas durante estes protestos não retiram nobreza à causa advogada por estes jovens
A pandemia que teimamos em ignorar
Não é possível considerar as medidas extraordinárias do Governo uma mera esmola sem grande impacto. Pode até ser difícil de compreender o caráter universal do apoio de 50 euros para todas as crianças, mas 125 euros faz toda a diferença num exíguo orçamento familiar
Dulce Maria Cardoso: "Hoje parece que estamos num eterno buffet de ideias, tornamo-nos muito calculistas, queremos ir a todas, sem nos comprometermos"
A literatura entrou no VISÃO Fest nas vozes das escritoras Dulce Maria Cardoso e Djaimilia Pereira de Almeida. "A nossa necessidade de histórias é impossível de saciar", ouviu-se no Planetário
Deixai vir a mim a verdade
À Igreja, compete colaborar e deixar o processo decorrer, na Justiça e na instituição. A todos nós, cidadãos, em particular àqueles que guardam memória da forma desastrosa como decorreu o processo Casa Pia, exige-se serenidade e alguma contenção
Ainda há lugar para políticos assim?
Sobre as consequências da crise transalpina, temos apenas a certeza de que o que acontecer em Roma… não ficará apenas em Roma
Porque precisamos de voltar a falar de restrições pandémicas
Acredito que, aos jornalistas, e em particular aos da VISÃO, também compete falar do que está fora das tendências, do que ninguém quer saber – no caso, do que “já” ninguém quer sabe
O nosso espírito atormentado
Na Europa, dois anos (e muitas vacinas administradas) depois, a incerteza sobre o desfecho da guerra faz parecer a incerteza provocada pela pandemia uma brincadeira de crianças
Cambalhotas e possibilidades
Seria bom que os partidos deixassem os jogos de palavras e se disponibilizassem, o mais cedo possível, para esclarecer o eleitorado e, como na matriz de risco da pandemia, tornarem claras as suas “linhas vermelhas”
O nosso grande falhanço
É verdade que a nossa profissão nos define (em particular, numa economia como a portuguesa, em que as mudanças ao longo da vida ativa são casos raros), mas daí a entendê-la como o sentido da nossa vida… diz-nos a sensatez que vai uma grande distância
O resto das nossas vidas
Mesmo que consideremos que a pandemia ainda não acabou, reconheçamos pelo menos que mudámos a página, que já não estamos a acudir à urgência. Convém termos consciência dessa passagem e, durante o caminho, cuidarmos dos que sofreram (e continuam a sofrer), e recordarmo-nos dos que não sobreviveram
A fragilidade de Rangel
Rangel não foi o primeiro político português a assumir a sua orientação sexual – e não há de ser o último. Como figura pública, o seu exemplo é muito importante para que outros, com tanta visibilidade ou não, de esquerda ou de direita, católicos ou protestantes, também possam viver sem estigmas
A cegueira
Não são questões de curto prazo, os efeitos são difusos e têm sobretudo impacto nas gerações futuras – como diz o outro, no futuro, estamos todos mortos...
O armistício
Preocupados com dimensões mais imediatas do impacto da Covid-19, teimamos em ignorar notícias que ficam na espuma dos dias. Como a que, ainda esta semana, divulgou um estudo segundo o qual a solidão duplicou entre os cidadãos da União Europeia, sendo os jovens os mais afetados. Perante isto, como podemos falar em armistício? A guerra ainda não acabou
O silencioso vice-almirante
O discreto e silencioso Gouveia e Melo fala apenas quando tem de falar. Às polémicas, tem respondido com factos e, sobretudo, com ação, nunca esquecendo o seu objetivo principal: vacinar!
Salvemos as pessoas
Da cultura ao turismo, este vírus também nos afetou no modo como gostamos de nos divertir. Não nos proibiu de dançar e de ouvir música, mas impediu-nos de o fazer no meio de uma multidão de desconhecidos que, connosco, em comum, tem apenas esse prazer
De uma otimista "ligeiramente irritante"
Ultrapassada a crise da Troika, os ventos pareciam correr-nos de feição e, numa das suas picardias, Marcelo Rebelo de Sousa chegou a apelidar António Costa de otimista “crónico e até ligeiramente irritante”. Agora, o nosso colossal desafio consiste em manter esses níveis elevados de otimismo, naquela que é uma das maiores crises das nossas vidas
Sejamos exigentes, peçamos o possível
Não gosto de deixar arrastar os problemas e, por isso, há já algum tempo que decidi em que partido é que vou votar